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No Rio de Janeiro, os blocos levaram 3,6 milhões de pessoas às ruas da cidade, de acordo com as contas da RioTur | /Tânia Rêgo/Agência Brasil
A quarta-feira é de cinzas, mas o Carnaval foi alaranjado - para os milhares de foliões que satirizaram os candidatos laranjas do PSL, partido de Jair Bolsonaro, que não foi poupado em blocos de rua de Norte a Sul do País. O público bateu recorde e lotou hotéis. A chuva não ajudou, mas também não conseguiu acabar com a festa. E, aos 45 do segundo tempo, uma polêmica inesperada: o presidente da República trouxe o "golden shower" para o debate público nacional.
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Oficialmente, o Carnaval acabou, mas as festas de rua ainda devem se estender pelo fim de semana. De qualquer forma, a folia de 2019 foi fortemente politizada, dos desfiles das escolas de samba (a Mangueira, no Rio, homenageou a vereadora assassinada Marielle Franco e tantas outras desfilaram com temas negros) à comemoração em blocos de rua, recheada de gritos contra Bolsonaro.
O presidente reagiu. Na noite de terça (5), o presidente publicou em sua página oficial no Twitter um vídeo escatológico, em que um homem mexe em seu ânus e recebe um banho de urina. O presidente sugeriu que esse tipo de cena é comum no Carnaval de rua. A publicação jogou luz no "golden shower", fetiche sexual com urina.
Fora do âmbito sexual, a festa serviu para cravar de vez São Paulo, antes chamado de túmulo do samba, como destino óbvio da folia. Ao todo, 556 blocos estavam cadastrados na Prefeitura de São Paulo (superando, neste quesito, blocos no Rio e Salvador). A lotação dos hotéis paulistanos ficou em 95% (contra 10% na mesma época há duas décadas), com turistas que viajaram para assistir artistas como Pabllo Vittar, Alceu Valença e Gretchen. No próximo fim de semana, ainda virão à cidade Bell Marques, Claudia Leitte, Preta Gil e Daniela Mercury, entre outros.
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No Rio de Janeiro, os blocos levaram 3,6 milhões de pessoas às ruas da cidade, pelas contas da RioTur.
Na terça (5), 1,4 milhão de foliões participaram dos 74 blocos.
O recordista da terça foi o Fervo da Lud, que atraiu 1,2 milhão de pessoas no centro do Rio. Segundo a Prefeitura do Rio, na confusão do bloco, 217 pessoas foram atendidas nos postos de saúde montados no centro, sendo 29 encaminhadas para hospitais da região. A Companhia de Limpeza Urbana da cidade recolheu 293,3 toneladas de lixo nos quatro dias de desfiles na passarela do samba.
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Em Salvador, a Secretaria da Segurança Pública registrou 117 casos de lesão corporal leve e 12 de lesão corporal grave durante o Carnaval. Nenhuma morte violenta aconteceu dentro dos circuitos da festa. A polícia ainda registrou 891 ocorrências de furto e 121 de roubo durante o Carnaval. Dentre furtos e roubos, houve um crescimento de 32% no número de ocorrências comparado ao ano passado. Ainda foram registrados dez casos de violência doméstica, seis casos de importunação sexual, além um registro por injúria racial e um por homofobia. (FP)
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