Capital publica leis que aumentam segurança em desmanches e ferros-velhos

Sancionadas pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), as leis que intensificam a fiscalização nos desmanches de veículos e nos ferros-velhos da cidade de São Paulo foram publicadas nesta quarta-feira pelo Diário Oficial. As propostas haviam sido aprovadas antes pela Câmara Municipal.

A Lei 17.687/2021 intensifica a fiscalização nos desmanches de carros, motos e caminhões e comércio de autopeças. A intenção é coibir que partes de veículos roubados sejam comercializadas irregularmente. Já a Lei 17.689/2021 visa aumentar a fiscalização nos ferros-velhos que operam material metálico.

De acordo com o autor dos projetos, o vereador Delegado Palumbo (MDB), a intenção é diminuir gradativamente o número de ocorrências do tipo na Capital.

“Os receptadores são os maiores fomentadores dos crimes e roubos de veículos”, afirmou ele, em contato com a Gazeta, sobre a lei dos desmanches.

Em relação aos ferros-velhos, o parlamentar paulistano explicou que uma das principais motivações foi o aumento de furtos de fios e tampas de bueiro na cidade.

“Ações de criminosos em busca de metais como fio de cobre e tampa de bueiro aumentaram em São Paulo, temos que impedir a venda e compra desses produtos de procedência duvidosa”, explicou.

Um estudo da Brasil Conexis Digital mostrou em quem 2020 foram furtados ou roubados 1,1167 milhão de metros de cabo de telefonia em todo o estado de São Paulo. A quantia equivale a três vezes a distância da Terra até a Lua. Com esse fio daria ainda para dar 27 voltas em torno da Terra.

A Prefeitura de São Paulo informou que entre 7h da última terça-feira (19) e 7h desta quarta-feira (20) foram registradas 19 ocorrências de furtos de cabos em cruzamentos da cidade. Ao todo, foram levados um quilômetro de cabos de energia, controlador e placas.

“O furto e vandalismo de equipamentos semafóricos colocam em risco a vida de motoristas e passageiros, motociclistas, ciclistas e pedestres. Por isso, as equipes de manutenção da CET já trabalham no conserto e substituição dos equipamentos para restabelecer o funcionamento o mais brevemente possível”, informou a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), em nota.