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Cotidiano

Cantinas escolares preferem ultraprocessados a alimentos saudáveis; veja riscos às crianças

Número de produtos ultraprocessados disponíveis em cantinas é 50% superior à quantidade de alimentos saudáveis

Nilson Regalado

21/02/2025 às 16:35  atualizado em 21/02/2025 às 16:38

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Estudantes de escolas públicas estão mais protegidos dos ultraprocessados graças ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)

Estudantes de escolas públicas estão mais protegidos dos ultraprocessados graças ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) | Anastasia Shuraeva/Pexels

Quase um terço das crianças e dos adolescentes brasileiros está com excesso de peso, conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o que preocupa especialistas em nutrição e saúde pública porque uma dieta errada e o consequente sobrepeso estão associados a doenças como diabete, hipertensão arterial e câncer.

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Mas, isso parece não sensibilizar donos de cantinas instaladas em escolas particulares. Segundo o estudo Comercialização nas Escolas Brasileiras (Caeb), o número de produtos ultraprocessados disponíveis nesses estabelecimentos é 50% superior à quantidade de alimentos saudáveis oferecidos pelas cantinas.

Esse é um fator decisivo que influencia a escolha dos estudantes pelos produtos industrializados, em detrimento dos alimentos naturais, como as frutas. Veja o que são alimentos ultraprocessados e por que devem ser evitados.

O Caeb foi realizado entre 2022 e 2024 em 2.241 comércios localizados dentro de escolas particulares. A pesquisa contou com a participação de pesquisadores de seis universidades públicas e os resultados foram divulgados nesta semana pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

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Nas escolas públicas, os estudantes estão mais protegidos dos ultraprocessados porque o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) limita a inclusão desses alimentos industrializados na merenda escolar.

Na segunda-feira (3/2), uma resolução assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que, neste ano, o limite de alimentos processados e ultraprocessados nas refeições escolares será reduzido de 20% para 15%. Em 2026, o limite cairá ainda mais, para 10%. O objetivo é promover uma alimentação mais saudável para os estudantes das escolas públicas.

O estudo Comercialização nas Escolas Brasileiras constatou que o refrigerante é o produto ultraprocessado mais comum nas cantinas das escolas particulares, sendo encontrados em 61,8% desses estabelecimentos.

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No ranking de alimentos industrializados oferecidos aos estudantes da rede particular, destaque também para salgados assados com recheios ultraprocessados, como presunto e salsicha, além de bombons, chocolates e salgadinhos de pacote.

Ainda segundo o Caeb, o ambiente alimentar nas escolas particulares está cheio de banners dos fornecedores desses produtos industrializados, além de displays e brindes voltados a incentivar o consumo de ultraprocessados.

E, segundo o Idec, essa é uma faixa etária que não tem discernimento e estrutura cognitiva para lidar com a publicidade. Portanto, o Idec recomenda o envolvimento de pais e responsáveis junto a organizações da sociedade civil para melhorar a alimentação no ambiente escolar.

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A pesquisa mostrou ainda que 23,47% das cantinas analisadas oferecem combos promocionais. Ou seja, bebidas adoçadas, como refrigerantes e achocolatados, acompanhadas de salgados são oferecidas a valores mais baixos, que acabam atraindo a compra por parte dos estudantes em uma espécie de venda casada.

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