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Cotidiano
Segundo sua assessoria, o líder petebista tomou a decisão após saber de que prefeitos do PTB estão sofrendo assédios contantes
04/02/2020 às 01:00 atualizado em 04/02/2020 às 10:22
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Para o presidente do PTB, há 'indícios claros de oferecimento de vantagens governamentais' para que prefeitos se filiem ao PSDB | DIVULGAÇÃO/ALESP
O deputado estadual Campos Machado (PTB) fez uma representação nesta segunda-feira (3) ao Ministério Público contra o governador João Doria e o PSDB por improbidade administrativa, pelo que classifica como "indícios claros de oferecimento de vantagens governamentais para que prefeitos de outros partidos se filiem ao PSDB". Campos Machado é presidente estadual do PTB e líder do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
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Segundo sua assessoria, o líder petebista tomou a decisão após saber de que prefeitos do PTB estão sofrendo assédios contantes. Um exemplo dado foi a transferência do prefeito de Presidente Prudente, Nelson Bugalho, do PTB para o PSDB no fim do ano passado. "Essa é mais uma evidência do assédio a que prefeitos do PTB e de outros partidos são submetidos pelo partido do governador", disse.
Como outra prova da acusação, Campos Machado anexou gravação em que o prefeito de Chavantes, Márcio Burguinha, dá instruções à sua assessora de serviços e Obras Municipais, Verônica Feliciano, para que veja com sua secretária, Ednéia Aparecida Gomes, a criação de "uma provisória do PSDB, que está sendo aguardada com urgência pelo Adriano".
Segundo Campos Machado, ao que tudo indica o Adriano a que o prefeito se referia é o chefe de gabinete do deputado Mauro Bragato e, ao justificar a pressa na criação da provisória tucana, ele explica à assessora que "essa provisória vai valer um milhão de recapeamento asfáltico nosso e mais um milhão de duplicação da vicinal de Chavantes". Algum tempo depois, afirma o líder petebista, Márcio Burguinha filiou-se ao PSDB.
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Para Campos, a decisão de representar contra o governador e o PSDB é mais do que justificada, já que "a gravação reúne provas suficientes de improbidade, o que trata-se de uma coerção explícita e muito grave, já que não se pode utilizar verbas de governo como instrumento de filiação partidária, pois os recursos governamentais são públicos, diferentemente dos partidos, que são instituições privadas".
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