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Maior aliado para evitar os alimentos não originais é ler o rótulo da maneira correta | Fotos Públicas
O alto preço dos alimentos no Brasil e em parte do mundo tem impulsionado um fenômeno: o aumento de produtos em supermercados que imitam os originais, mas trazem ingredientes mais baratos e com mais aditivos. São os “alimentos-fake”.
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Entre os exemplos estão o “pó para preparo de bebida sabor café tradicional”, que ganhou o apelido de “cafake”, e bebidas lácteas que imitam iogurtes.
Segundo Vanessa Lopes, professora do curso de Nutrição da Universidade Guarulhos (UNG), as empresas usam produtos criados em laboratório e ingredientes com menos valor nutricional para produzir os alimentos.
Com isso, conseguem vender por um preço menor, mas expõem os consumidores a riscos a médio e longo prazo.
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“O ‘café fake’, em vez do grão de café torrado e moído, apresenta partes da planta de café, como cascas, folhas e galhos, e podem apresentar até mesmo milho, cevada e soja”, destacou a profissional.
“Por sua vez, o leite condensado e os iogurtes têm sido substituídos por bebidas lácteas, que apresentam amido, açúcares e estabilizantes, além de apresentar menor teor de proteína e cálcio”, prosseguiu Vanessa.
Há outros produtos na lista, como suco de caixinha, biscoitos integrais ou fit e barras de cereais, que precisam ser analisados antes de ir para o carrinho.
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Para a nutricionista, os “alimentos-fake” podem ser classificados como ultraprocessados, que são produzidos em laboratórios e representam um risco maior à saúde da população a médio e longo prazo.
“Durante esse processo, para deixar o alimento mais gostoso e aumentar a validade, são utilizados a gordura vegetal hidrogenada, açúcar e estabilizantes, que consumidos com frequência podem causar uma série de problemas”, explicou a professora.
Entre as consequências estão a alteração dos níveis de colesterol do organismo, aumentando o colesterol LDL (ruim) e reduzindo o colesterol bom (HDL), aumento dos níveis de glicemia (açúcar no sangue) e aumento do peso corporal.
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Os ultraprocessados são considerados, inclusive, uma das causas de sobrepeso e obesidade na população.
O maior aliado para evitar os alimentos não originais é ler o rótulo de maneira correta, explicou a educadora.
“O primeiro ingrediente da lista sempre será o que está maior quantidade no produto. Caso essa lista inicie por algum ingrediente que não seja a base esperada para o produto, desconfie”, destacou.
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Por exemplo, explicou Vanessa, é esperado que um iogurte apresentasse leite como primeiro ingrediente. “Se não for assim, procure outro produto”, alertou.
Outra dica é ficar atento à quantidade de ingredientes na lista. Se um produto contiver mais de cinco ingredientes, é preciso ter mais atenção antes de consumi-lo.
Em caso de produtos com acidulantes corantes, emulsificantes, espessantes e adoçantes, há indícios de que seja ultraprocessado.
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Se o rótulo de um pretenso café estiver escrito algo como “pó para preparo de bebida sabor café tradicional”, é certo que não se trata de um café verdadeiro.
Já o leite condensado fake virá com a seguinte descrição no rótulo: “mistura láctea condensada de leite, soro de leite e amido”. O produto original terá a descrição “leite condensado” ou “leite condensado semidesnatado”.
“Também é importante considerar o valor. Quando o produto estiver com o valor muito abaixo do praticado devemos acender o sinal de alerta para um possível alimento fake”, completou a profissional.
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