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Cotidiano

Busca por placas solares mais que dobra com aumento da conta de luz

Sucessivos aumentos na conta de luz levam os consumidores a buscarem as placas solares, que aliam sustentabilidade e preços mais em conta

Gladys Magalhães

26/11/2021 às 13:11

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Sistema instalado pela Solna Energia, que viu os atendimentos dobrarem entre 2020 e 2021

Sistema instalado pela Solna Energia, que viu os atendimentos dobrarem entre 2020 e 2021 | /Divulgação/Solna Energia

Até outubro, a conta de luz do brasileiro já acumulava alta de cerca de 25% em 2021, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os sucessivos aumentos pesam no orçamento e tem feito com que muitos consumidores passem a buscar opções de energia mais barata e sustentável, como a energia solar.

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Este é o caso, por exemplo, da administradora de empresas Sonia Maria Pinto, de 62 anos. Moradora da cidade de São José do Rio Preto, no interior paulista, Sonia instalou placas solares em sua residência há seis meses e desde então recomenda a todos que conhece que faça o mesmo. “Eu pagava em torno de R$ 600 por mês na conta de luz, agora pago apenas a tarifa mínima da concessionária, de R$ 70. Além disso, sinto que estou fazendo a minha parte nessa crise hídrica e ainda tenho um melhor rendimento do meu dinheiro, que estava na poupança rendendo em torno de 0,4% ao mês e agora está no telhado rendendo 2%”, diz.

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Desde que instalou as placas, Sonia paga apenas a tarifa mínima da concessionária de energia - Divulgação/Kinsol

Quanto custa uma placa solar?
O investimento para instalar um sistema fotovoltaico varia de acordo com o perfil do imóvel, chegando a custar entre R$ 15 mil e R$ 50 mil em uma residência, a cerca de R$ 500 mil para um supermercado ou empresa com maior consumo.

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Ainda assim, o empresário Luiz Cláudio Guasti, CEO da GSolutec, empresa especializada em projetos de instalação de energia solar), viu a busca por placas solares dispararem entre 2020 e 2021, passando de 50 projetos no ano passado, para 106 até outubro deste ano.

Situação parecida vive o engenheiro eletricista Thiago Figueiredo, sócio diretor da Solna Energia, cujos atendimentos mais que dobraram. “Um ano atrás o volume de vendas era em torno de três clientes pessoa física por mês. Agora, com o aumento da energia elétrica e as "penalidades" por falta de chuva, estamos com um volume de cinco clientes pessoa física mensal, mais dois de pessoa jurídica”, conta.

Na opinião de Ronaldo Vieira, responsável pelo departamento de expansão da Kinsol Energias Renováveis, a alta da conta de luz não fez aumentar apenas a busca do consumidor pela energia solar, mas também fez crescer a procura de pessoas que querem trabalhar no segmento.

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“Em 2021, aumentou muito a procura por sistemas fotovoltaicos, por uma combinação de fatores: aumento expressivo das tarifas de energia elétrica, crise hídrica, público mais informado sobre a eficiência da energia solar, maior viabilidade devido à redução do prazo de retorno do investimento, incentivo das instituições financeiras, além de maior divulgação na mídia. De agosto a outubro, em que registramos aumentos maiores nas tarifas de energia em todo o país, dobramos de tamanho em quantidade de franqueados. Atualmente, somos mais de oitenta”, diz Ronaldo.

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Entre agosto e outubro, a Kinsol dobrou o número de franqueados - Divulgação/Kinsol

Condições ideais
De acordo com Luiz Cláudio, em média, o retorno do investimento gasto na instalação das placas solares se dá em cinco anos. Porém, os especialistas alertam que não são todos os lugares que possuem as condições ideias para o sistema.

“É necessário ter em mente que nem todo lugar pode gerar energia. Por exemplo, se o cliente tem como vizinho um prédio próximo; ou mesmo árvore próxima ao telhado; essas duas situações inviabilizam a instalação, pois em algum momento do dia farão sombra sobre as placas solares impedindo assim a geração de energia elétrica”, explica Thiago.

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Energia solar em números
Atualmente, os países que mais utilizam energia solar são Alemanha, China e Itália. O Brasil, apesar de não fazer parte deste ranking, já apresenta crescimento de 50%, na comparação entre o primeiro semestre de 2021 e igual período do ano passado, atingindo a marca de 1,5 milhão de kWh.

No estado de São Paulo, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a potência instalada é de 1,4 gigawatts, sendo que a cidade de São Paulo possui aproximadamente 934 megawatts em potência instalada, totalizando cerca de 118 mil sistemas de geração de pequeno e médio portes.

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