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Cotidiano
Ministro da Saúde não explicou como seria o processo de compra nem a quantidade de doses necessárias para imunizar público-alvo
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Marcelo Queiroga | Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (1) que "se houver necessidade" o Brasil terá vacinas contra a varíola dos macacos. O ministro não explicou como seria o processo de compra nem a quantidade de doses necessárias para imunizar público-alvo.
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"Trabalhamos em parceria com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). Se houver necessidade, teremos vacina para aplicar no público-alvo, que são os profissionais de saúde com contato direto com pacientes", disse Queiroga em entrevista à CNN.
"Não é uma vacina igual a usada no passado para varíola", explicou o ministro. "Mas é uma vacina de vírus inativo não replicante".
Ele acrescentou que o Ministério da Saúde está monitorando a evolução dos casos suspeitos no Brasil. "Estamos nos reunindo diariamente na sala de situação"
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No momento, o Brasil monitora quatro casos. Um deles é de um paciente de 16 anos, morador de Porto Quijarro, na Bolívia, que está internado e isolado em Corumbá, em Mato Grosso do Sul.
No Ceará, um morador de Fortaleza apresentava sintomas similares aos da doença: febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares. Em Santa Catarina, o caso suspeito é de uma mulher que apresentava também erupções cutâneas. E no Rio Grande do Sul, um viajante de Portugal está sendo monitorado em Porto Alegre.
Segundo o Ministério da Saúde, 23 países já confirmaram 333 casos de varíola dos macacos em humanos.
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TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO
No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis, informa o Butantan.
Uma medida para evitar a exposição ao vírus é a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel
O médico infectologista do Hospital Universitário de Brasília (UnB), André Bon, diz que autoridades de saúde são a principal forma de prevenção dessa doença -enquanto há "poucos casos no mundo, sem necessidade de alarde".
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"Obviamente a utilização de máscaras, como temos feitos por causa da covid-19, por ser doença de transição respiratória por gotículas e evitar contato com lesões infectadas é o mais importante nesse contexto", enfatiza Bon ao explicar que a varíola dos macacos é menos transmissível do que a versão comum.
O período de incubação da varíola dos macacos costuma ser de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, conforme relato do Butantan. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.
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