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Cotidiano

Brasil registrou número recorde de desastres naturais em 2023

País teve 1.161 desastres naturais no ano passado

Ana Clara Durazzo

23/01/2024 às 13:11

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2023 teve dois grandes desastres: os deslizamentos de terra em São Sebastião (SP), em fevereiro, que deixaram 64 mortos; e no Vale do Taquari (RS), em setembro, que matou 53

2023 teve dois grandes desastres: os deslizamentos de terra em São Sebastião (SP), em fevereiro, que deixaram 64 mortos; e no Vale do Taquari (RS), em setembro, que matou 53 | Fabio Mattos/Divulgação

 O Brasil registrou número recorde de ocorrências de desastres naturais em 2023, segundo dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).

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País teve 1.161 desastres naturais no ano passado. 716 foram hidrológicos, como transbordamento de rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra. 

"O ano de 2023 foi peculiar em relação ao clima", avaliou a diretora do Cemaden, Regina Alvalá. "A mudança do clima também contribuiu para todo esse processo. O oceano mais quente significa mais vapor de água na atmosfera e, por consequência, provocam chuvas intensas e concentradas".

O município com mais ocorrências foi Manaus, seguido por São Paulo e Petrópolis (RJ). Veja a lista:
*
Manaus (AM) - 23
São Paulo (SP) - 22
Petrópolis (RJ) - 18
Brusque (SC) - 14
Barra Mansa (RJ) - 14
Salvador (BA) - 11
Curitiba (PR) - 10
Itaquaquecetuba (SP) - 10
Ubatuba (SP) - 9
Xanxerê (SC) - 9

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2023 teve dois grandes desastres: os deslizamentos de terra em São Sebastião (SP), em fevereiro, que deixaram 64 mortos; e no Vale do Taquari (RS), em setembro, que matou 53. Ainda há cinco desaparecidos.

Eventos extremos causaram 132 mortes relacionadas a chuvas, 9.263 feridos e 74 mil desabrigados. Ao 524 mil pessoas ficaram desalojadas durante o ano, e o dano material é estimado em R$ 5 bilhões em obras de infraestrutura e unidades habitacionais.

Temperatura média global ficou 1,45 ºC acima dos níveis pré-industriais em 2023."As temperaturas mais quentes contribuem globalmente para a intensificação de chuvas e enxurradas, intensificação de ciclones extratropicais com potencial destrutivo, mortes e prejuízos econômicos", disse o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que controla o Cemaden, em nota.
 

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