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Cotidiano

Brasil registra aumento nas denúncias de intolerância religiosa em 2024

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) registrou 2.472 denúncias no ano passado

Isabela Alves

22/01/2025 às 16:00

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Maioria das vítimas da discriminação religiosa é mulher

Maioria das vítimas da discriminação religiosa é mulher | Divulgação/Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em 2024, o Brasil registrou 2.472 denúncias por intolerância religiosa pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100). O número de casos cresceu em 66,8%, em relação às denúncias feitas no ano anterior (1.481 casos).

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Os dados foram divulgados pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), nesta terça (21/01).

As pessoas mais violadas são as pertencentes às religiões da umbanda (151), candomblé (117), evangélica (88), católica (53), espírita (36), outras declarações de religiosidades afro-brasileiras (21), islâmica (6) e judaica (2). Em 1.842 denúncias, não houve indicação da religião.

A maioria das vítimas da discriminação religiosa é mulher (1.423) e 826 violações foram sofridas por homens. Os demais registros não tiveram o gênero informado, porque a denúncia pode se referir a uma família ou comunidade.

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As maiores denúncias foram feitas em São Paulo (618), Rio de Janeiro (499), Minas Gerais (205), Bahia (175), Rio Grande do Sul (159) e Distrito Federal (100).

O Dia do Combate à Intolerância Religiosa, no dia 21 de janeiro, foi instituído em memória de Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda de Ogum, que, em 1988, fundou o terreiro da Nação Ketu/Nagô, em Salvador (BA).

Ela morreu de infarto fulminante após ser atacada pela Igreja Universal do Reino de Deus por meio das páginas da Folha Universal.

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Como denunciar

As denúncias de intolerância religiosa podem ser registradas pelo Disque 100. O serviço gratuito funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo feriados.

O MDHC também disponibiliza canais no WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100, no Telegram, digitando "direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo e no site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

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