A+

A-

Alternar Contraste

Sábado, 26 Outubro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Brasil lidera missão internacional que vai contornar a Antártica

Expedição liderada pelo Brasil vai contar com cientistas também da Argentina, Chile, China, Índia, Peru e Rússia; entenda a expedição

Bruno Hoffmann

26/10/2024 às 10:15

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Missão vai circum-navegar o continente antártica durante mais de dois meses

Missão vai circum-navegar o continente antártica durante mais de dois meses | Pexels/Pixbay

O Brasil vai liderar uma missão internacional a partir de 22 de novembro deste ano que tem a missão de circundar inteiramente a Antártica, o continente mais desconhecido do planeta. O percurso será de 20 mil quilômetros com a intenção de chegar o mais perto possível das frentes das geleiras.

Continua depois da publicidade

Circum-navegação pelo continente antártico

A Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica, como o projeto foi batizado, vai contar com cientistas de sete países: Brasil, Argentina, Chile, China, Índia, Peru e Rússia.

A expedição será coordenada pelo pesquisador e explorador polar Jefferson Cardia Simões, do Centro Polar e Climático (CPC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No total serão 61 cientistas, incluindo 27 brasileiros.

A pretensão é que a missão chegue ao fim em 25 de janeiro de 2025, em uma viagem ao redor do continente gelado de mais de dois meses.

Continua depois da publicidade

Mudanças climáticas na mira

Segundo a UFRGS, o objetivo é coletar amostragens ao longo da costa, para finalidade de estudos biológicos, químicos e físicos, focando dados atmosféricos, geofísicos, glaciológicos e oceanográficos do manto de gelo antártico e seu entorno.

A expedição também vai incluir um levantamento aéreo inédito das massas de gelo, monitorando o comportamento das geleiras diante das mudanças climáticas. As alterações no clima têm potencial para alterar o comportamento dos mares no litoral brasileiro e de todo o mundo.

A comunicação será garantida pela tecnologia avançada do satélite Starlink, que deve permitir a troca de informações via texto, áudio e vídeo, com acesso ilimitado à internet durante todo o percurso antártico.

Continua depois da publicidade

Dois séculos de circum-navegação

Segundo Simões, expedições antárticas que avançaram pelo continente ou fizeram circum-navegação existem há mais de dois séculos, cada vez mais perto da costa.

"Em 2016 e 2017, com a participação de cientistas gaúchos, tivemos uma expedição mais ao norte. O pioneirismo desta nova expedição está em ser realizada o mais perto possível da costa da Antártica", disse ele ao portal da UFRGS.

"Esperamos ter dados sobre a linha de flutuação dessas geleiras e, simultaneamente, apoiaremos um levantamento geofísico dessas frentes de geleiras para entender como elas respondem ao aquecimento da atmosfera e do oceano", completou.

Continua depois da publicidade

Segundo o cientista, a expedição espera também coletar dados sobre a biodiversidade, a resposta da fauna polar às variações climáticas, a circulação oceânica e os sinais de poluição.

Navio russo, financiamento suíço

Para percorrer toda a costa e acessar o continente antártico será usado o navio quebra-gelo científico Akademik Tryoshnikov, do Instituto de Pesquisa Ártica e Antártica (de São Petersburgo, na Rússia).

A expedição é 97% financiada pela fundação suíça Albédo pour la Cryosphère, dedicada ao estudo e à preservação da massa de neve e do gelo planetário. A missão conta também com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados