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Cotidiano

Brasil enfrenta queda de vacinação infantil; veja análise de médicos

Especialistas consultados pela Gazeta explicam motivos e riscos da baixa da vacinação infantil; veja como vacinar as crianças na Capital

Bruno Hoffmann

04/08/2022 às 15:26  atualizado em 04/08/2022 às 15:36

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Família Zé Gotinha é apresentada pelo governo federal

Família Zé Gotinha é apresentada pelo governo federal | Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgaram no mês passado que a taxa de vacinação infantil no Brasil e em mais 177 países sofreu entre 2019 e 2021 a maior queda dos últimos 30 anos.

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Segundo o levantamento dos órgãos, entre 2019 e 2021, a vacina contra difteria, tétano e coqueluche caiu 5 pontos percentuais, ou seja, um total de 25 milhões de crianças ficaram sem uma ou mais doses do imunizante. Além disso, mais 6,7 milhões de crianças perderam a terceira dose da vacina contra a poliomielite e 3,5 milhões perderam a primeira dose da vacina contra o HPV - que protege meninas contra o câncer do colo do útero. 

Já a cobertura da primeira dose contra o sarampo caiu para 81% em 2021, o nível mais baixo desde 2008.

De acordo com a médica Carolina Fleischman, professora da Universidade Unigranrio, alerta que a vacina é fundamental para a prevenção de doenças graves. Ela lembra que a poliomielite, por exemplo, conhecida popularmente por paralisia infantil, desapareceu do País desde 1994.

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A especialista também diz que o SUS tem grande capacidade de vacinar a população brasileiroa.

“É preciso ressaltar que o calendário vacinal gratuito oferecido pelo SUS é supercompleto. Poucos países no mundo possuem uma política de cobertura vacinal como a nossa”, reforçou a médica. 

De acordo com a OMS e a Unicef, há diversos fatores que explicariam a queda da vacinação infantil no mundo, como ambientes de conflito, a pandemia da Covid-19 e o aumento da desinformação sobre o tema.

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Para o o também médico e professor da Universidade Unigranrio, Rafael Henrique, há de fato uma série de razões para a queda da cobertura vacinal.

"A falta de informação a respeito da importância das vacinas tem gerado essa queda na cobertura vacinal, juntamente com todo movimento causado pela pandemia e isolamento, levando ao atraso na aplicação de vacinas. Destaco os papéis dos pediatras e enfermeiros em verificar o calendário vacinal e orientar as famílias quanto à regularização dos itens em falta”, afirma o especialista.

No SUS, podem ser encontradas vacinas contra poliomielite, rotavírus, hepatite B e Hepatite A, meningite do tipo C, além de HPV, gripe e outras. Além destas, os médicos reforçam que a vacina contra meningite do tipo B, que não está disponível no SUS, deve estar no radar das famílias, que podem tirar dúvidas sobre a aplicação com um pediatra.  

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“Manter a cobertura vacinal ideal é uma forma de demonstrar nosso amor e cuidado com nossas crianças. Protegendo elas das doenças que, graças à evolução da medicina, nós podemos prevenir ou amenizar. Prevenção sempre é a melhor escolha”, completa Carolina.

Capital

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o público infantil de 3 e 4 anos com comorbidades, deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual) além de indígenas podem receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

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Para comprovação das condições de saúde, é necessário apresentar comprovante de condição de risco, como receitas ou relatórios físicos ou digitais, desde que haja identificação do paciente, CRM com carimbo do médico e na validade de dois anos de emissão.

Veja como funciona a vacinação para outras enfermidades na Capital:

Gripe
A vacina contra o vírus Influenza, causador da gripe, está disponível para toda a população da Capital com idade acima de seis meses de idade. Ela é aplicada nas UBS, AMAs/UBSs Integradas enos megapostos.

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Sarampo e poliomielite
Para receber o imunizante contra sarampo, estão elegíveis crianças acima de seis meses e menores de cinco anos, profissionais de saúde e nascidos a partir de 1960.

Para poliomielite, estão aptas as crianças menores de cinco anos, sem histórico vacinal ou com esquema vacinal incompleto, além de adolescentes até 19 anos nas mesmas condições. Viajantes, imigrantes e refugiados de países endêmicos ou em surto, de qualquer idade, sem registro de aplicação, também podem se vacinar. Os dois imunizantes são aplicados nas UBSs e AMAs/UBSs Integradas.

Multivacinação infantil
Ainda nas UBSs e AMAs/UBSs Integradas ocorre a vacinação voltada ao público infantil, de forma permanente, com imunizantes como: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), BCG, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), pneumo 10, rotavírus, meningo C, meningo ACWY, varicela, hepatites A e B, febre amarela, DTP (difteria, tétano e coqueluche), dupla adulto, HPV e pneumo 23.

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Covid para adultos

Para o público geral a vacinação contra a Covid-19, gripe, sarampo e poliomielite prossegue na Capital. Contra a Covid-19, pessoas com mais de 30 anos já podem receber a segunda dose adicional, desde que tenham tomado a primeira dose adicional há mais de quatro meses. Além disso, a terceira dose adicional está disponível para as pessoas imunossuprimidas com mais de 40 anos, seguindo o mesmo critério de prazo.

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