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Cotidiano
Boulos elogiou Marta, convidada para ser sua vice em SP, mas desconversou; Rui Falcão disse que só depende de uma resposta dela para fechar a chapa
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Carlos Lupi, Rui Falcão e Guilherme Boulos durante evento na sede do PDT em São Paulo | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, garantiu nesta terça-feira não ter conversado com Marta Suplicy (sem partido) após a reunião da ex-prefeita da Capital com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia anterior. No encontro, Lula convidou Marta para retornar ao PT e ser vice na chapa do psolista na cidade.
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“Tenho o maior respeito pela Marta Suplicy, foi uma grande prefeita de São Paulo e deixou legados como os CEUs, o Bilhete Único, os corredores de ônibus. Agora, esse processo da definição da vice está sendo conduzido pelo Partido dos Trabalhadores. Temos um acordo político de que o PT fará a indicação da vice”, afirmou ele, durante evento de apoio do PDT à sua pré-candidatura.
“O presidente Lula tem participado [do debate sobre a definição da vice], o Rui Falcão [deputado federal e ex-presidente nacional do PT] tem participado, o Laércio [Laércio Ribeiro, presidente municipal do PT na Capital] tem participado. Vamos dar tempo ao tempo, que as coisas vão se definir”, concluiu o parlamentar.
No acordo entre ambos os partidos, cabe ao PT indicar o vice de Boulos, com prioridade ao nome de uma mulher. Esta é a primeira vez que a legenda não encabeça uma chapa na cidade desde a sua fundação, em 1980.
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O convite a Marta se deu após alas do partido indicarem que a ex-prefeita mantém uma popularidade boa em bairros das periferias da cidade. O problema é que ela é a atual secretária de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que pretende buscar a reeleição.
Segundo um assessor próximo a Nunes, o prefeito está “muito decepcionado” com Marta pela reaproximação dela com o petismo. A tendência é que o emedebista a demita a qualquer momento. Marta, que hoje está sem partido, é uma figura histórica do PT, pelo qual foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004.
O deputado federal Rui Falcão (PT-SP), ex-presidente nacional do PT e articulador da reunião entre Marta e Lula, disse nesta terça-feira durante o evento do PDT que agora só depende da resposta da atual secretária de Nunes para sacramentar a volta dela ao partido.
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“Cabe a ela dar esse sim ou não a esse convite que foi formulado, obviamente não sem antes conversar com o prefeito, da qual ela é secretária”, disse o parlamentar à reportagem da Gazeta.
Um outro assessor afirmou que a ex-prefeita deve topar o convite de Lula por não aceitar a busca de Nunes pelo apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O prefeito intensificou os pedidos públicos para Bolsonaro embarcar na sua pré-campanha. O ex-presidente mantém dúvida sobre ir com Nunes ou colocar suas fichas na pré-campanha do deputado federal Ricardo Salles (PL).
Para sacramentar o retorno, Marta também vai precisar readquirir a confiança de parte do PT, que não aceitou a falta de apoio dela à então presidente Dilma Rousseff (PT), durante o processo de impeachment. Marta deixou o PT em 2015.
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PDT na pré-campanha de Boulos
No evento desta terça, Boulos recebeu oficialmente o apoio do PDT à sua pré-campanha, e garantiu que o partido terá influência sobre o seu programa de governo na Capital. O ato teve a presença do ministro Carlos Lupi (Previdência Social), do presidente do PDT da Capital, Antonio Neto, e de outras lideranças da legenda.
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O ato também contou com nomes de outros partidos que darão apoio a Boulos, como o PT, o PSOL e o PV.
"Faremos uma pré-campanha com o máximo de amplitude democrática para ganhar a eleição e governar São Paulo. O papel do PDT nisso será imprescindível para ganharmos juntos e governarmos juntos esta cidade", afirmou Boulos.
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