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Cotidiano

Boulos diz que Nunes recuou do aumento da passagem pelo 'calendário eleitoral'

Pré-candidato do PSOL também afirmou que tarifa zero aos domingos é uma tentativa do atual prefeito de 'deixar uma marca' após ficar '3 anos sem fazer nada'

Bruno Hoffmann

14/12/2023 às 19:49  atualizado em 14/12/2023 às 20:25

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Boulos ao lado de ex-secretários e ex-subprefeitos de São Paulo, em encontro nesta quinta

Boulos ao lado de ex-secretários e ex-subprefeitos de São Paulo, em encontro nesta quinta | Leandro Paiva/Divulgação

O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), afirmou no início da noite desta quinta-feira que a decisão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de manter a tarifa do ônibus em R$ 4,40 apesar do aumento do transporte pretendido pelo governo paulista se deu pela pressão social e por causa das eleições municipais de 2024. O psolista usou o verbo “recuar” para se referir ao anúncio do atual prefeito.

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“Essa medida de ter recuado da posição inicial dele, que era de aumento da passagem, é fruto da pressão da sociedade. E fruto, naturalmente, da aproximação do calendário eleitoral”, afirmou o parlamentar à reportagem da Gazeta, durante um encontro com 30 ex-secretários e ex-subprefeitos da Capital para discutir o programa de governo que pretende apresentar para a cidade.

Boulos também criticou o aumento da tarifa do Metrô e da CPTM para R$ 5 a partir de 1º de janeiro, além dos ônibus intermunicipais. Essa decisão deve ser anunciada a qualquer momento pela gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“É lamentável que se aumente a passagem neste momento em que o Brasil está recuperando a economia, recuperando o emprego, reduzindo a inflação. É lamentável ter esse tarifaço no transporte”, disse ainda.

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Mais cedo, o portal G1 publicou que a tarifa dos trens e metrô em São Paulo vai subir para R$ 5 a partir de 1º de janeiro de 2024.

Inicialmente, o governo tinha informado que o reajuste também seria aplicado no transporte municipal da Capital. A Prefeitura de São Paulo, entretanto, negou em nota que vai elevar o valor da tarifa.

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Tarifa zero

Boulos também foi questionado sobre a ação da prefeitura de adotar a tarifa zero nos ônibus municipais aos domingos, que já entra em vigor em 17 de dezembro. O pré-candidato afirmou que a proposta da tarifa zero estava em seu plano de governo à prefeitura em 2020 e que se trata de uma “bandeira histórica de movimentos sociais e partidos de esquerda”.

“Isso foi defendido pela Luiza Erundina quando era prefeita, que tive a honra de ter na minha chapa como vice [em 2020]. Isso estava no meu programa de governo, e no de Jilmar Tatto [pré-candidato do PT em 2020]. É uma bandeira histórica dos movimentos sociais e de partidos de esquerda. Nossos adversários, inclusive o atual prefeito, diziam que era impossível, que era ilusão”, afirmou.

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Boulos afirmou que o prefeito pretende com a ação apenas “deixar uma marca”. “Ele [Nunes] ficou três anos sem fazer nada. Vai chegando perto da eleição e quer deixar uma marca”.

Por fim, o pré-candidato também desconversou sobre a possibilidade do PT indicar Marta Suplicy (sem partido) como sua candidata a vice. Marta é a atual secretária de Relações Internacionais da gestão Nunes. "Eu respeito muito a Marta, mas é uma decisão do PT".

No encontro desta noite, estavam ex-secretários e subprefeitos de diversas gestões municipais de São Paulo, como Monica Valente, José Eduardo Cardoso, Nadia Campeão, Alê Youssef e Carlos Zarattini.

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