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Cotidiano
Ex-presidente, em momento de desabafo, disse estar "chateado e abalado" por não poder participar da cerimônia
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Retenção do passaporte de Bolsonaro ocorreu em fevereiro de 2024 | Antonio Cruz/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou frustração e constrangimento neste sábado (18/1), ao se despedir de sua mulher, Michelle Bolsonaro, no aeroporto de Brasília.
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Ela embarcou para Washington, onde representará o marido na posse de Donald Trump, mas Bolsonaro não poderá comparecer ao evento devido à retenção de seu passaporte, que está sendo investigado no âmbito da apuração sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.
O ex-presidente, em um momento de desabafo, disse estar “chateado e abalado” por não poder participar da cerimônia.
A retenção do passaporte de Bolsonaro ocorreu em fevereiro de 2024, quando a Polícia Federal apreendeu o documento como parte das investigações relacionadas aos eventos do 8 de janeiro de 2023 e à tentativa de subverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.
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Em duas ocasiões, o ex-presidente solicitou a liberação do passaporte ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura os fatos ligados ao golpe.
Moraes, responsável por conduzir as investigações, entendeu que a medida era necessária para garantir o andamento do processo.
Bolsonaro, que se considera alvo de uma perseguição política, aproveitou a oportunidade para criticar a atuação de Alexandre de Moraes. “Eu enfrento enorme perseguição política”, disse o ex-presidente, demonstrando descontentamento com o andamento do inquérito.
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Ele afirmou estar “constrangido” por não poder acompanhar sua esposa e filho, Eduardo Bolsonaro, na posse de Trump, evento que, segundo ele, estava planejado com grande antecedência. “Pré-acertei encontros com chefes de Estado e não vou poder comparecer”, lamentou.
A decisão do STF de manter o passaporte retido é vista por muitos como uma medida de segurança para evitar que Bolsonaro se ausentasse do país durante a investigação, considerando principalmente o seu envolvimento em um contexto político conturbado desde sua saída do cargo.
A relação tensa entre o ex-presidente e o Supremo Tribunal Federal, em especial com Moraes, tem sido um dos pontos centrais da disputa jurídica e política que se arrasta desde o fim de seu mandato.
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A posse de Donald Trump, marcada para o dia 20 de janeiro, é um evento de grande importância política, especialmente para aliados de Bolsonaro.
Enquanto isso, Michelle Bolsonaro, acompanhada de seu filho, Eduardo, viajará sozinha para a cerimônia de posse.
A ex-primeira-dama foi escolhida para representar o ex-presidente, uma vez que o próprio Bolsonaro permanece em território nacional, impedido de sair devido às investigações.
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