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Cotidiano
"O apelo que eu faço para os senhores, para toda a cadeia produtiva, é para que os produtos da cesta básica obtenham o menor lucro possível", disse o presidente
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Movimentação em supermercado | Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta quinta-feira (9) para empresários de supermercados reduzirem o lucro sobre a cesta básica com o objetivo de conter a alta dos preços sentida pela população.
O pedido foi feito durante evento da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), do qual participou virtualmente.
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"O apelo que eu faço para os senhores, para toda a cadeia produtiva, é para que os produtos da cesta básica obtenham o menor lucro possível, para a gente poder dar satisfação a parte considerável da população, em especial os mais humildes."
Bolsonaro ainda disse que "em momentos difíceis, entendo que todos nós temos de colaborar".
"Sei que a margem de lucro tem cada vez diminuído mais. Vocês já têm colaborado nesse sentido, mas colaborem um pouco mais na margem de lucros dos produtos da cesta básica."
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O presidente destacou que os preços do óleo de soja, ovo, leite, açúcar e café são considerados por ele os atuais "vilões" da cesta básica.
"Se for atendido, agradeço muito; se não for, é porque não é possível", concluiu.
Apesar do apelo, as empresas pedem soluções para conter os preços. O presidente da associação de supermercados Abras, João Galassi, defendeu mais no mesmo evento que a nova tabela de preços da indústria para o varejo fique só para 2023.
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"Considerando que não incide impostos federais sobre a cesta básica, como podemos oferecer os itens da cesta básica a menor custo? Não podemos ficar de braços cruzados aguardando uma solução", disse.
"Após nossa primeira sessão temática, que será justamente a redução de custos através da reforma tributária, peço às autoridades e líderes que nos debrucemos para solucionar a urgência do momento. A sociedade precisa da cadeia nacional de abastecimento. Quero lançar um desafio: nova tabela só em 2023", disse Galassi no Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento.
A escala dos preços é uma das principais preocupações de Bolsonaro na corrida eleitoral.
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A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou para 0,47% em maio, informou nesta quinta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar da desaceleração, os preços do grupo alimentos e bebidas continuam aumentando. A alta foi de 0,48% em maio, depois de uma variação de 2,06% em abril.
De acordo com o IBGE, os preços de alguns alimentos, como a cenoura (aumento de 116,37% em 12 meses), subiram muito e têm a base de comparação muito alta. Já valores como o do leite continuam subindo devido ao período de entressafra, com pastagens mais secas, e à inflação de custos com a elevação dos preços de commodities como milho e soja, usadas na ração animal.
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Por outro lado, houve quedas em tomate (-23,72%), batata-inglesa (-3,94%) e cenoura (-24,07%). O trio vinha de fortes altas em meses anteriores, devido a restrições de oferta geradas por temporais ou seca em regiões produtoras.
Bolsonaro chegou no início da tarde desta quinta-feira (9) aos Estados Unidos, onde se reunirá com o presidente americano Joe Biden e participará da Cúpula das Américas.
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