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Cotidiano
A declaração foi dada a apoiadores do presidente que se reuniram em frente ao local no qual ocorria um jantar do PL, em Brasília
30/11/2022 às 09:44 atualizado em 30/11/2022 às 10:03
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'O ladrão não vai subir a rampa', disse um apoiador | Reprodução/Internet
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse nesta terça-feira (29) a apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que o mandatário é homem e que não vai deixá-los na mão.
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A declaração foi dada a bolsonaristas que se reuniram em frente ao local no qual ocorria um jantar do PL, em Brasília, com a presença de Bolsonaro e mais de uma centena de parlamentares.
"Vocês podem ter certeza que o Bolsonaro vai dar uma resposta a vocês. Bolsonaro é homem. Pode ter certeza que ele não vai deixar vocês na mão", disse Valdemar a um apoiador.
O homem estava se queixando do resultado das eleições, dizendo que "o ladrão não vai subir a rampa", em referência ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Bolsonaristas se reúnem desde o fim das eleições em frente a quarteis generais pelo país pedindo um golpe militar que impeça a posse do petista. Lula será diplomado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no próximo dia 12.
Valdemar disse que Bolsonaro vai animá-los, mas não deu detalhes sobre como o chefe do Executivo daria uma resposta aos seus apoiadores descontentes com o resultado das urnas.
O PL já questionou, sem provas, o resultado das urnas no TSE. O presidente da corte, Alexandre de Moraes, negou a ação do partido que visava invalidar votos depositados em parte das urnas no segundo turno das eleições.
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Ele aplicou uma multa no valor de R$ 22.991.544,60 ao partido por litigância de má-fé. Determinou ainda o bloqueio dos fundos partidários das três legendas até o pagamento da penalidade imposta. Valdemar disse que vai recorrer.
O dirigente partidário disse ainda que o presidente deve voltar a falar com apoiadores. Desde sua derrota no pleito presidencial deste ano, Bolsonaro tem se isolado no Palácio da Alvorada. Não abriu mais o chamado cercadinho para apoiadores nem fez transmissão em redes sociais.
"Ele melhorou muito da semana passada para essa semana. E a cara dele? Eu só o convidei por causa disso. Fui no Palácio, vi a cara dele e disse: "Ué, o que aconteceu?". Ele está bem, está bem, está animado. Se levantou, passou o baque."
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"Nós não esperávamos que acontecesse esse resultado e aí agora ele se recuperou. E vamos ver como ele vai se comportar, ele vai querer falar com esse pessoal que está na rua", afirmou a jornalistas.
De acordo com o presidente do PL, na próxima semana, o partido deve oficializar o apoio à candidatura à presidência do Senado de Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional.
O senador eleito também participou do encontro nesta terça. "[É uma reunião] para anúncio do nome para ver se temos condições de ir para frente", disse.
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Marinho, se oficializado, disputará o comando da Casa contra Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em sua reeleição. Este, por sua vez, é o candidato do presidente eleito, Lula.
O presidente do PL reforçou ainda que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), terá o apoio do partido na Casa, e que tem o compromisso de apoiar um nome do PL no Senado.
"Lira tem o acordo de apoiar", disse Valdemar. A contrapartida, segundo o dirigente, é de o deputado garantir o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para o PL ou a relatoria do Orçamento.
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O jantar do PL foi o segundo evento com a participação do chefe do Executivo desde sua derrota. Ele não falou com a dezena de apoiadores que se reuniu em frente ao local.
Os apoiadores, contudo, hostilizaram Arthur Lira quando ele chegou. Chamaram-no de "omisso" e "traidor da pátria". Ao deixar o local, Lira foi apenas questionado sobre seu posicionamento acerca dos atos em frente aos QGs.
Ele não respondeu às provocações. Na sua saída, estava acompanhado da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
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