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Cotidiano

Bolsonaro faz discurso recheado de palavrões a empresários em SP

Chefe do executivo também afirmou, sem citar o nome de Lula, que, se o Brasil voltar a ser governado pela esquerda, ela 'não sai mais'

Maria Eduarda Guimarães

26/08/2022 às 12:19  atualizado em 26/08/2022 às 12:25

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Em fala a empresários, Bolsonaro afirmou, entre outras coisas, que ocupar a cadeira presidencial "é uma merda" e que ministros de governos anteriores "não sabiam porra nenhuma".

Em fala a empresários, Bolsonaro afirmou, entre outras coisas, que ocupar a cadeira presidencial "é uma merda" e que ministros de governos anteriores "não sabiam porra nenhuma". | Marcos Correa/Presidência

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso em tom de desabafo e recheado de palavrões na manhã desta sexta-feira (26) em São Paulo.

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Em fala a empresários, o chefe do Executivo federal afirmou, entre outras coisas, que ocupar a cadeira presidencial "é uma merda" e que ministros de governos anteriores "não sabiam porra nenhuma".

Bolsonaro também afirmou, sem citar o nome de Lula, que, se o Brasil voltar a ser governado pela esquerda, ela "não sai mais".

"Esses caras vivem disso. Vivem do sangue da viúva. Achar que um dia um carrapato ou um verme vai sair por livre e espontânea vontade da vaca para virar vegetal, [quem acredita nisso] é um otário", disse.

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A Folha de S.Paulo contou ao menos sete palavrões ao longo da fala de improviso.

"Se alguém acha que eu tenho amor àquela cadeira [de presidente], se puder falar palavrão aqui, vai pra ponta da praia. É uma merda!", disse o presidente. "Mas eu tenho uma coisa em mim, vou fazer a coisa certa, vou honrar aquilo que prometi."

A plateia muitas vezes interrompeu a fala de Bolsonaro aos risos e com aplausos. O grupo de convidados era pequeno, com empresários ligados ao setor do comércio e aliados políticos, como o candidato ao Governo de SP, Tarcísio de Freitas, e os deputados Eduardo Bolsonaro e Gil Diniz.

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Durante a fala, Bolsonaro voltou voltou a criticar ações do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda que sem citar a corte, contra o deputado Daniel Silveira (PL) e empresários bolsonaristas que defendiam um golpe de estado em um grupo de WhatsApp – o que, segundo ele, é um ataque à liberdade individual.

"Estamos perdendo a nossa liberdade. O ditador tinha que ser eu, e não alguém que tem obrigação de defender a Constituição. E vocês sabem do que eu estou falando", disse o presidente, sem também citar nominalmente o ministro do STF Alexandre de Moraes, que autorizou a operação da Polícia Federal contra os empresários.

O chefe do Executivo passará o dia em agenda em São Paulo. O primeiro compromisso foi essa cerimônia de inauguração do auditório da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro da capital paulista.

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À tarde, dará entrevistas ao programa "Pânico", da rádio Jovem Pan, e ao podcast "Ironberg", voltado ao público fisiculturista. À noite, Bolsonaro viaja a Barretos, no interior paulista, onde visita a tradicional festa rodeio da cidade.

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