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'Alguns falam que eu atendi interesse de construtoras. Não, eu atendi interesse do povo', disse presidente | /Antonio Cruz/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na última sexta-feira que acha difícil que o Congresso mude o texto da medida provisória que libera saques das contas ativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para aumentar os valores.
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"Nós temos que ter recursos para continuar o programa Minha Casa Minha Vida, que é muito importante pra quem não tem onde morar. Essa que é a nossa intenção. Agora, o Parlamento sabe muito bem, acho difícil eles tomarem medida nesse sentido, mas tem todo o direito de tomar", afirmou. "Nós procuramos atender 82% das pessoas cujo o saldo é abaixo de R$ 500. Alguns falam que eu atendi interesse de construtoras. Não, eu atendi interesse do povo."
Os recursos do fundo financiam o programa de habitação social, e a pressão do setor de construção civil fez o governo alterar os planos em relação ao valor do saque permitido. "Se botar na ponta do lápis, eles falarem que não será atingida a construção de casas populares no Brasil, não tem problema. Tá certo. Depende deles mostrarem. Que matemática não tem como fugir, matemática pelo que eu aprendi até hoje dois e dois são quatro e ponto final", afirmou.
A Caixa deve divulgar no dia 5 de agosto os detalhes e o calendário de saques. Serão contemplados os de até R$ 500 de cada uma das contas ativas e inativas. A partir de 2020, o trabalhador poderá optar pela modalidade do "saque-aniversário", em que poderá resgatar um montante da conta todo ano. A pessoa que decidir por isto não poderá sacar a totalidade do saldo se for demitido.
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No Congresso, entretanto, a disposição de deputados e senadores é contrária ao pedido de Bolsonaro.
"A equipe econômica do presidente Bolsonaro está tímida em relação ao saque do FGTS. Não vai resolver nada. É um grão de areia num oceano. Tinha que seguir o exemplo da equipe comandada por Henrique Meirelles [ministro da Fazenda do governo Michel Temer", disse o líder do Podemos, José Nelto (GO), que defende uma liberação de, no mínimo, R$ 1.000.
A menção ao ex-ministro Meirelles se deve à liberação do FGTS feita em 2017 pelo governo Temer. À época, foi possível sacar todo o dinheiro correspondente ao FGTS inativo.
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No Senado, também houve reação. "O governo está combatendo uma doença crônica com aspirina. Vai dar um suspiro, mas não resolve o problema da economia. O incremento é ainda menor que o feito no governo Temer. Não vamos ser contra a aspirina, mas pensamos em ampliar o limite de saque", disse o líder da Minoria no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). ?O líder do PSD, Otto Alencar (BA), disse ser favorável ao aumento, mas que é preciso tomar cuidado para não afetar o financiamento de moradias populares. (FP)
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