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Cotidiano

Bolsonaro diz não ter sido procurado sobre chuvas em Recife

Em visita à cidade, Presidente criticou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, por não tê-lo procurado para discutir a situação

Maria Eduarda Guimarães

30/05/2022 às 11:45  atualizado em 30/05/2022 às 11:53

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Jair Bolsonaro (PL)

Jair Bolsonaro (PL) | Pedro Ladeira/Folhapress

Em visita ao Recife nesta segunda-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), por não tê-lo procurado para discutir ações para mitigar efeitos das fortes chuvas na capital do estado e parte do interior.

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Com as chuvas, o Grande Recife registrou ao menos 84 mortos. O número de desaparecidos é incerto e mais de 3,9 mil pessoas estão desabrigadas. O Governo de Pernambuco e nove municípios decretaram situação de emergência.

No domingo, a administração estadual havia dito à Folha de S.Paulo que Paulo Câmara não tinha recebido ligação do presidente Jair Bolsonaro em relação aos temporais.

"Em todo momento que os governadores e prefeitos nos procuraram, atendemos. Acho que faltou iniciativa da parte dele também. Se o governador estava fazendo outra coisa eu não sei, não vamos politizar essa questão. No momento de crise você vai atrás para ajudar, não fica esperando ser chamado dentro de casa", disse Bolsonaro durante entrevista coletiva no Recife.

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De acordo com o governo pernambucano, "o presidente não falou com o governador" sobre as chuvas. Além disso, Paulo Câmara "também não foi convidado para nenhuma reunião com os ministros" do governo Bolsonaro. Na noite do domingo, o governador também disse não ter sido comunicado da visita presidencial ao estado nesta segunda.

O partido de Câmara, PSB, faz oposição a Bolsonaro e é a sigla de Geraldo Alckmin, pré-candidato a vice na chapa liderada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência.

"O governador, no momento de crise, tem que esquecer questões políticas, arregaçar as mangas e não fazer política em cima da desgraça de alguns, como infelizmente aconteceu, que perderam parentes", afirmou o presidente.

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Bolsonaro realizou um sobrevoo sobre áreas afetadas pelos efeitos das chuvas na região metropolitana do Recife. Ele estava acompanhado de ministros, como Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Anderson Torres (Justiça), Daniel Ferreira (Desenvolvimento Regional) e Marcelo Queiroga (Saúde), além do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, deputados federais e do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Luiz Medeiros (PL).

"Caso o governador estivesse presente, ele poderia expor com mais propriedade a situação e fazer algumas solicitações para nós. Resolveu ficar em casa, a pandemia já acabou. Mas mesmo assim, se o governador ligar, eu atendo, assim como todos que me ligaram", disse Bolsonaro.

Ferreira disse que, no sábado (28), entrou em contato com autoridades locais para oferecer suporte federal. "Ainda no sábado, liguei para o prefeito do Recife e coloquei toda a equipe do Ministério do Desenvolvimento Regional à disposição, liguei para o governador de PE e disse que não faríamos política com desastre."

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A comitiva anunciou liberação de recursos e benefícios para pessoas atingidas pelos desastres em Pernambuco, por meio do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e de saques emergenciais do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), além de crédito extraordinário.

Haverá ainda repasse de verbas para governo do estado e prefeituras.

No domingo, Ferreira esteve em Pernambuco acompanhado de Queiroga e dos ministros Carlos Brito (Turismo) e Ronaldo Bento (Cidadania). O ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto, pré-candidato a senador em Pernambuco pelo PL, também participou da comitiva.

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O grupo sobrevoou as áreas mais atingidas, como o Jardim Monte Verde, no bairro do Ibura, zona sul da capital, onde 20 pessoas morreram num deslizamento de terra.

Há 12 pontos de deslizamentos, nos quais os bombeiros realizam as buscas em Pernambuco.

Diversas campanhas de doações foram abertas para ajudar famílias atingidas pelos impactos das chuvas em Pernambuco. Organizações sociais, entidades públicas e econômicas participam do movimento.

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