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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) publicou um vídeo da Dinamarca para criticar a caça de baleias na Noruega, país vizinho. Após a decisão do governo norueguês de suspender repasses de R$ 133 milhões para o Fundo Amazônia, o presidente postou imagens da caça aos mamíferos nas Ilhas Faroe, territórios dinamarqueses no Oceano Atlântico Norte, mas atribuiu à
Noruega.
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A caça comercial de baleias é permitida e sujeita a regras rígidas na Noruega. A única espécie do mamífero que pode ser caçada não está sob risco de extinção.
Em 2017, o país europeu ocupava o segundo lugar no ranking de matança do animal, com 432 baleias mortas, atrás apenas do Japão, que capturou 596 no mesmo ano.
No texto que acompanha o vídeo postado em sua conta pessoal do Twitter, Bolsonaro escreveu que "em torno de 40% do Fundo Amazônico vai para as ONGs (organizações não governamentais), refúgio de muitos ambientalistas".
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"Veja a matança de baleias patrocinada pela Noruega", escreveu o presidente.
Responsável pelas imagens, a ONG americana Sea Shepherd confirmou em suas redes sociais que o material exibido pelo presidente foi registrado nas Ilhas Faroe, na Dinamarca, e não na Noruega.
As imagens levaram a discussão ao topo dos temas mais debatidos na rede social na manhã desta segunda-feira. Apesar de algumas manifestações de apoio ao presidente, a maioria das reações à postagem ironizava e criticava o equívoco geográfico cometido por Bolsonaro.
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Questionada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" na sexta-feira (16) sobre a caça de baleias, a embaixada da Noruega no Brasil citou um artigo de 2016, no qual o Ministério de Comércio, Indústria e Pesca do país escandinavo afirma que a atividade é baseada nas melhores evidências científicas disponíveis.
(EC)
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