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Cotidiano

Bolsa sobe apoiada na Vale e dólar perde força após Lula confirmar Haddad na Fazenda

Às 12h56, o dólar comercial à vista avançava apenas 0,05%, cotado a R$ 5,2190

Maria Eduarda Guimarães

09/12/2022 às 14:37  atualizado em 09/12/2022 às 14:43

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Dólar

Dólar | Pixabay

A valorização das ações de exportadores de matérias-primas contribuía para a alta da Bolsa de Valores brasileira e segurava o avanço do dólar nesta sexta-feira (9), dia em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou os nomes de cinco ministros que irão compor o seu governo. Fernando Haddad foi confirmado para a Fazenda, como era amplamente esperado.

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O senador eleito Flávio Dino (PSB) irá para o Ministério de Justiça e Segurança Pública; o governador da Bahia, Rui Costa (PT), para a Casa Civil; o diplomata Mauro Vieira para o Itamaraty; e o ex-ministro da Defesa José Múcio Monteiro para a Defesa.

Embora a taxa de câmbio tenha refletido até as primeiras horas do dia a apreensão do mercado sobre a política econômica sob o comando de Haddad, o cenário favorável às exportações brasileiras reduzia a pressão negativa sobre o real.

Às 12h56, o dólar comercial à vista avançava apenas 0,05%, cotado a R$ 5,2190. No momento do anúncio dos ministros de Lula, por volta das 11h, a moeda americana chegou a subir cerca de 1% e superou os R$ 5,28, beirando a cotação máxima do dia.

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No mercado de ações, porém, a alta do setor de matérias-primas metálicas sustentava o ganho do principal índice da Bolsa. O Ibovespa avançava 0,78%, aos 108.088 pontos.

As ações ordinárias da Vale saltavam 3,57%. Esse segmento tem sido beneficiado pela expectativa de aumento das exportações para a China, uma vez que o país vem afrouxando restrições contra a Covid e adotando outras medidas para aquecer setores da sua economia.

Analistas do mercado destacaram que a reação pouco expressiva do mercado em relação ao anúncio de Haddad está relacionada à ausência de surpresas quanto à escolha de Lula.

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"Não era o nome favorito. O mercado até piorou um pouco depois do anúncio, mas já sabíamos que seria o Haddad", afirmou Ivan Kraiser, sócio-fundador da gestora Garín Investimentos.

"Haddad era esperado, inclusive o mercado já vinha precificando essa possibilidade há muito tempo", comentou Ricardo Jorge, especialista em investimentos e sócio da Quantzed.

Jorge ainda destacou que o desempenho dos ativos nesta sessão pode responder também a outras variáveis, como a divulgação de uma inflação em novembro que ficou "melhor do que a esperada", disse.

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O índice oficial de inflação do Brasil teve alta de 0,41% em novembro, informou nesta sexta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É o segundo mês consecutivo de elevação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), mas o indicador mostrou desaceleração frente a outubro, quando havia subido 0,59%.

Rafael Ihara, economista-chefe da gestora Meraki Capital, destacou que, apesar da "percepção bem ruim do mercado" sobre Haddad, a reação dos ativos ao anúncio é tímida e que as expectativas agora se voltam para "a nomeação de secretários considerados mais amigáveis pelos investidores", disse.

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Ihara ainda citou que o anúncio ocorre em um momento que que já há forte deterioração dos ativos devido à PEC da Transição.

Na quinta-feira (8), o Ibovespa terminou a sessão com queda de 1,67%, aos 107.249 pontos. Essa foi a menor pontuação para um fechamento do principal índice da Bolsa de Valores desde o início de agosto.

Investidores demonstraram preocupação quanto aos gastos públicos diante do avanço da PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição no Congresso e da já esperada nomeação de Haddad.

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Na quarta-feira (7), o plenário do Senado aprovou a PEC sem modificar o texto que saiu da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, apesar da pressão da oposição para que o valor e o prazo de duração fossem reduzidos.

A proposta aprovada, que agora segue para apreciação da Câmara, amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões em 2023 e 2024 para o pagamento do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) e libera outros R$ 23 bilhões para investimentos fora do teto em caso de arrecadação de receitas extraordinárias.

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