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Cotidiano

Biden e Congresso americano ficam de pé pela Ucrânia: 'Putin pagará o preço'

'A embaixadora da Ucrânia nos EUA está aqui, ao lado da primeira-dama. Vamos mostrar essa imagem ao mundo', disse o presidente

02/03/2022 às 09:23  atualizado em 02/03/2022 às 09:55

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Joe Biden foi eleito o 46º presidente dos Estados Unidos

Joe Biden foi eleito o 46º presidente dos Estados Unidos | Twitter Biden

Ao anunciar novas sanções contra a Rússia, o presidente americano, Joe Biden, fez duras críticas nesta terça-feira, 1º, ao líder russo, Vladimir Putin, em virtude da guerra na Ucrânia durante seu primeiro discurso sobre o Estado da União. Biden acusou Putin de ignorar a diplomacia e subestimar a resposta do Ocidente à invasão. No discurso, com um tom agressivo, mas focado em exaltar a eficácia das sanções, o democrata tentou mostrar um Putin isolado perante o mundo.

"A liberdade vai vencer a tirania. Putin pensou que o Ocidente e a Otan não reagiriam e poderia nos dividir. Ele estava enganado. Estamos prontos", disse o presidente. "Ao longo da nossa história, aprendemos esta lição: quando ditadores não pagam o preço por suas agressões, eles causam mais caos. Eles continuam se movimentando e os custos para os Estados Unidos e o mundo seguem aumentando."

Nas palavras iniciais do discurso, Biden, mostrou grande indignação com a invasão militar da Rússia na Ucrânia. "A covid nos separou no ano passado, mas estamos unidos agora, pois a liberdade sempre triunfou sobre a tirania", afirmou. "Vladimir Putin calculou errado, pois ele encontrou a maior fortaleza, o povo ucraniano."

Biden convidou a embaixadora da Ucrânia em Washington, Oksana Markarova, na tribuna de honra na Câmara dos Representantes, para presenciar seu discurso. "A embaixadora da Ucrânia nos EUA está aqui, ao lado da primeira-dama. Vamos mostrar essa imagem ao mundo."

O presidente americano ressaltou que "quando ditadores não são parados", eles infligem grandes problemas ao mundo. "O ataque de Putin à Ucrânia foi premeditado, cruel, e pensou que nos separaria. Ele estava errado, nós estamos prontos e unidos", destacou Biden. "Vinte e sete membros da União Europeia e outros países estão infligindo dor a Putin, com fortes sanções, e apoiando a Ucrânia. Os EUA irão atrás dos ativos de oligarcas russos e vamos fechar o espaço aéreo do nosso pais a todos os voos da Rússia."  

Biden reiterou a promessa de não mandar tropas para a Ucrânia, mas ressaltou o compromisso de defesa com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), caso Putin decida atacar algum membro da aliança. O presidente dos Estados Unidos destacou que os países aliados da Otan concederam cerca de US$ 1 bilhão à Ucrânia em assistência humanitária, que é necessária e continuará sendo concedida para ajudar o país a enfrentar as graves dificuldades provocadas pelos ataques das forças militares da Rússia. 

Biden dirigiu uma mensagem ao presidente Vladimir Putin, caso ele tente qualquer ação bélica contra países membros da Otan. "Movimentamos forças militares dos EUA para países da Otan. Os Estados Unidos vão defender cada polegada do território da Otan com todo o poder à nossa disposição."

O presidente americano também destacou que o povo dos EUA está orgulhoso da grande resistência da população ucraniana à invasão dos soldados, tanques e mísseis de Moscou. "A invasão do ditador russo à Ucrânia causará problemas ao mundo. Os EUA e outros 30 países vão liberar 60 milhões de barris de petróleo para reduzir seus preços."

Joe Biden também lembrou que a Europa e o Ocidente estão mais unidos do que nunca e apoiando a Ucrânia, o que é fundamental, pois é preciso continuar a vitória das democracias sobre as autocracias. "Este é um teste real, e vamos ter a inspiração do povo da Ucrânia para continuar juntos." 

Sanções

Biden também destacou no seu primeiro discurso do Estado da União que as sanções financeiras contra o governo do presidente Vladimir Putin vão provocar grande enfraquecimento da economia de seu país. "Mas eu quero que você saiba que nós vamos ficar bem. Quando a história desta era for escrita, a guerra de Putin contra a Ucrânia terá deixado a Rússia mais fraca e o resto do mundo mais forte."

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