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Cotidiano
No telefonema, Biden reforçou o convite a Lula para uma visita a Washington, o que foi aceito pelo petista
10/01/2023 às 09:42 atualizado em 10/01/2023 às 16:02
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Na ligação desta segunda, o presidente americano reforçou declarações que havia dado logo após os ataques bolsonaristas | Divulgação
O presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) teve uma conversa por telefone nesta segunda-feira (9) com seu homólogo americano, Joe Biden. A ligação ocorreu um dia depois de golpistas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) terem promovido ataques à democracia, invadindo as sedes dos Três Poderes e deixando um rastro de vandalismo e destruição em Brasília.
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No telefonema, Biden reforçou o convite a Lula para uma visita a Washington, o que foi aceito pelo petista. A viagem, segundo comunicado da Casa Branca, deve ocorrer no começo de fevereiro.
As primeiras negociações ligadas ao tema se deram ainda no final do ano passado, para que Lula fosse à capital dos EUA antes mesmo de tomar posse -o que, por uma série de motivos, acabou não acontecendo. Depois, o presidente decidiu que sua primeira viagem seria para a Argentina, entre os dias 23 e 24 deste mês, com mais um dia no Uruguai na sequência.
Na ligação desta segunda, o presidente americano reforçou declarações que havia dado logo após os ataques bolsonaristas. "[Biden] transmitiu o apoio inabalável dos EUA à democracia do Brasil e ao livre arbítrio do povo brasileiro, conforme expresso nas recentes eleições presidenciais vencidas pelo presidente Lula", informou a Casa Branca.
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"O presidente condenou a violência e o ataque às instituições democráticas e à transferência pacífica do poder. Os dois líderes se comprometeram a trabalhar juntos nas questões enfrentadas pelos EUA e pelo Brasil, incluindo mudança climática, desenvolvimento econômico e paz e segurança."
Os termos são os mesmos de um texto que o americano publicou nas redes sociais na noite de domingo. "As instituições democráticas do Brasil contam com nosso integral apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser fragilizada. Espero continuar trabalhando em parceria com Lula", escreveu.
Antes, em meio aos deslocamentos para o México, aonde viajou para uma cúpula de líderes da América do Norte, o democrata tinha dito que a situação no Brasil era "ultrajante".
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Biden, o mexicano AMLO e o canadense Justin Trudeau reforçaram nesta segunda o posicionamento de crítica à violência ocorrida em Brasília e o apoio às instituições brasileiras -como aliás, vários outros chefes de Estado e governo vêm fazendo desde as ações dos bolsonaristas.
Também nesta segunda, Lula recebeu ligações do ex-presidente dos EUA Bill Clinton e do primeiro-ministro português, António Costa. Os telefonemas já estavam marcados desde antes dos ataques de domingo em Brasília, mas foram esses episódios que dominaram o diálogo.
De acordo com interlocutores, os dois políticos prestaram solidariedade ao petista. No próprio domingo, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, também havia telefonado a Lula para demonstrar apoio.
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O apoio de Biden ganha relevância em meio às discussões nos EUA sobre o status do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está na Flórida desde o dia 30 de dezembro do ano passado.
Em um país ainda traumatizado com a invasão do Capitólio por apoiadores do então presidente Donald Trump, exatos dois anos atrás, congressistas democratas passaram a exercer uma pressão sobre o governo pedindo a expulsão do político brasileiro de extrema direita do país.
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