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Cotidiano
No município, o índice pluviométrico chegou a 683 mm, segundo o governo do estado, o maior registrado em toda a história
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Rodovia Rio-Santos, no morro da Petrobras, ficou com um lado interditado devido o deslizamento de terra | Reprodução/Instagram
As fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram por quase 15 horas todo o litoral paulista, entre a tarde de sábado (19) e manhã deste domingo (20), causaram problemas em série, principalmente, em Bertioga.
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No município, o índice pluviométrico chegou a 683 mm, segundo o governo do estado, o maior registrado em toda a história. A prefeitura decretou estado de emergência e cancelou toda a programação de Carnaval.
Também foram canceladas outras atividades relacionadas ao turismo, como a Arena Radical, que aconteceria até terça-feira (21), entre os bairros Riviera e São Lourenço.
Por conta do temporal, há ainda 13 pessoas desalojadas que serão abrigadas temporariamente na quadra da escola municipal José de Oliveira, no Jardim Rio Praia. Os bairros mais afetados são Chácaras, Morada da Praia e Boraceia.
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Segundo o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), a rodovia Mogi-Bertioga, um dos principais acessos à cidade, ainda precisou ser interditada e segue sem previsão de liberação.
Além de Bertioga, a mais afetada das nove cidades que compõem o litoral sul, Santos, São Vicente, Praia Grande, Guarujá, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe e Cubatão também registram diversas ruas alagadas, quedas de árvores, falta de energia e interrupção da travessia de balsas, além de veículos submersos.
Em Guarujá, foram 395 mm de chuvas, superior à média estimada para todo o mês de fevereiro, que era de 234 mm.
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Consideradas as últimas 72 horas, o volume é de de 405 mm, superando até mesmo a registrada em 3 março de 2020, que culminou com deslizamentos de terra que vitimaram 45 pessoas no litoral -23 delas na Barreira do João Guarda, comunidade local. Na tragédia, foram 282 mm em 24 horas.
A prefeitura instalou um gabinete de crise e adaptou uma escola municipal e um complexo esportivo, localizados nos bairros Jardim Umuarama, o Perequê, para abrigar cerca de 180 pessoas desabrigadas.
A administração municipal diz ainda que a mobilidade urbana está sendo reestabelecida com a retirada de barreiras e árvores que caíram com o auxílio de caminhões, maquinários, tratores e retroescavadeiras.
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Em Santos, o estado é de alerta. Segundo a administração, a previsão é que as precipitações permaneçam até segunda-feira (20), mas com menor intensidade.
O índice pluviométrico na cidade nas últimas 72 horas é de 173,2 mm, enquanto o acumulado do mês é de 307 mm.
No sábado, altura das ondas chegou a 3,68 m, com rajadas de vento a 83,2 km/h. Diversas ruas ficaram intransitáveis e equipamentos públicos -Jardim Botânico Chico Mendes e o Orquidário Municipal- acabaram fechados em razão da queda de árvores.
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Segundo o governo do estado, as fortes chuvas no litoral foram provocadas pela passagem de uma frente fria que gerou um sistema de baixa pressão, trazendo umidade do oceano Atlântico para o continente.
Além de Bertioga, com 683 mm, as chuvas passaram de 600 mm em apenas 24 horas em São Sebastião (627 mm), mas foram muito intensas também em outras cidades, como Guarujá (395 mm), Ilhabela (337 mm), Ubatuba (335 mm), Santos (232 mm) e Praia Grande (209 mm).
A massa de ar se concentrou no litoral norte e Baixada Santista entre este sábado e domingo, e a tendência é que ela se desloque para o litoral sul, sentido Paraná.
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