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Cotidiano
Após nove meses de uma das maiores tragédias causadas pela chuva atingir o Litoral Norte, a cidade caçula da Baixada utiliza a Educação para prevenir contra prejuízos causados pelo estado de emergência climática
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Bertioga sofre por conta dos temporais | Reprodução
A série de matérias produzida pelo Diário do Litoral sobre emergência climática traz hoje as ações promovidas pela Prefeitura de Bertioga. A cidade, que está entre as cidades mais atingidas pelo temporal que assolou o Litoral Norte, reforça a importância de ter planos e projetos voltados para o cuidado com o meio ambiente.
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Em fevereiro deste ano, fortes chuvas e rajadas de vento atingiram por quase 15 horas todo o Litoral Paulista. Bertioga estava entre as cidades mais prejudicadas. O índice pluviométrico chegou a 683 mm. Segundo o Estado, o maior registrado em toda história. O estado de emergência cancelou toda a programação de Carnaval.
Bertioga, de acordo com a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Comdec), possui quatro áreas de vulnerabilidade para alto risco de alagamento e inundação. “Diante disso, a Defesa Civil tem em seu quadro os funcionários que trabalham como GRAT (Grupo de Apoio Técnico), que quando acionados entram em ação para apoiar as diversas ocorrências relacionadas às demandas da Defesa Civil”, explica o diretor da Defesa Civil, José Carlos de Souza, que garante que todos os locais são devidamente mapeados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
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Segundo o diretor da Defesa Civil da Cidade, as equipes recebem diariamente boletins meteorológicos, informando sobre as possíveis mudanças climáticas. “Os alertas são usados pelas equipes que ficam de prontidão para possíveis ocorrências”, complementa.
Questionada sobre a execução de programas de prevenção contra eventos catastróficos, a Prefeitura de Bertioga explica que a conscientização da população está entre as principais ações. “A principal prevenção contra eventos catastróficos parte da ação humana. Nesse sentido, há todo um trabalho em vigor, envolvendo diversos departamentos, para promover boas práticas com relação a; manejo de resíduos, preservação do meio ambiente, preservação de espécies, cuidados com a vegetação nativa, uso dos recursos naturais e combate ao desperdício”, explica.
Além disso, a Administração Municipal destaca as ações preventivas, de fiscalização e monitoramento de áreas de preservação, as quais são coordenadas principalmente pelo Departamento de Operações Ambientais (DOA). “A Prefeitura, ainda por meio da Secretaria de Meio Ambiente, atua no projeto que dá subsídios para elaboração do Plano Regional de Adaptação e Resiliência Climática da Baixada Santista (PRARC-BS), por meio da Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM), que desempenha um papel fundamental na preparação e resposta aos desafios climáticos”, complementa.
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O PRARC-BS é uma proposta abrangente que visa a preparar a região para enfrentar as mudanças climáticas em andamento, com especial atenção para a igualdade de gênero e inclusão social, econômica e política. “O plano também se compromete a valorizar o patrimônio histórico e cultural e a conservação de ecossistemas, integrando essas preocupações com atividades geradoras de renda”.
Já no que se refere à mobilidade, a Secretária de Segurança e Mobilidade explica que anualmente é promovida uma campanha de incentivo a utilização de meios de transporte que não emitam gases.
A educação faz parte do processo de prevenção e conscientização sobre os prejuízos causados pelo estado de emergência climática. Um trabalho integrado das pastas de Meio Ambiente, Educação, Turismo e Cultura é desenvolvido pela Prefeitura de Bertioga. “Com a promoção de ações e atividades lúdicas para conscientização. A Prefeitura mantém os trabalhos concentrados no Centro de Educação Ambiental (CEA).
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José Carlos orienta que, no que diz respeito à prevenção, a população em geral pode receber informações através das redes sociais e também pode acompanhar os alertas emitidos via SMS, disponibilizados pela Defesa Civil do Estado através do número 40199. Para aderir ao serviço, o usuário do aparelho precisa apenas informar o CEP correspondente à sua região.
Série - Salve o Clima
Muito se fala sobre o que as mudanças climáticas podem fazer com o futuro da humanidade. A onda de calor que o Brasil enfrentou nas últimas semanas já dá sinal de que o tema não é algo a ser pensado na próxima década. É urgente e é para agora. Desde o início deste século, a preocupação com o assunto vem se tornando relatórios, estudos e teses para cientistas e ativistas pelo mundo. No entanto, na última década, manifestações de ativistas como Greta Thunberg e negacionistas do clima como Elon Musk colocam o holofote mais forte sobre a causa.
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Para dar luz a esta causa, o Diário do Litoral preparou uma série de reportagens para mostrar o que as nove prefeituras da Região têm feito para se enfrentar o estado de emergência climática. A Baixada Santista tem um histórico de sofrimento com as mudanças climáticas, causado por chuvas torrenciais, enchentes, deslizamento de terra nos morros e avanço do mar. Por isso, começamos nossa série com a cidade de Santos, que foi a primeira cidade do Brasil a se preocupar com o tema criando o Plano Municipal Mudanças Climáticas, em 2016.
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