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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, decidiu indicar Ricardo Liáo para chefiar a Unidade de Inteligência Financeira, nova instituição que vai substituir o Coaf (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras).
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Liáo é servidor do BC (Banco Central) e já integrava a cúpula do Coaf. Sua ascensão foi planejada pelo Ministério da Economia para transmitir a mensagem de que não haverá quebra nos trabalhos mesmo com as mudanças estruturais feitas no órgão.
O favoritismo de Liáo foi antecipado pela coluna Painel, do jornal "Folha de S.Paulo", no dia 17 de agosto. Ele substitui Roberto Leonel de Oliveira Lima, que comandava o Coaf por escolha do ministro da Justiça, Sergio Moro.
Assinada na segunda-feira (19) pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), a medida provisória que modifica o Coaf não limitou a composição do órgão a apenas servidores do Banco Central, como planejava a equipe
econômica.
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Diferentemente do que é hoje, o texto dá margem para indicações políticas.
A medida transferiu o órgão do Ministério da Economia para o BC e altera o nome do Coaf para UIF (Unidade de Inteligência Financeira).
A mudança foi anunciada pelo governo Bolsonaro com o objetivo de "tirar o órgão do jogo político".
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Porém o texto assinado pelo presidente possibilita que ocupantes de cargos comissionados, que não necessariamente são servidores públicos, integrem seu quadro técnico-administrativo.
Além disso, o novo Coaf será integrado também por um conselho deliberativo, formado por "cidadãos brasileiros com reputação ilibada e reconhecidos conhecimentos". (FP)
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