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Cotidiano
'Péssimo sempre vai ter um percentual, está dando 30%', afirmou Nunes (MDB)
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Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo pelo MDB | Governo de São Paulo
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), apontou os reflexos da pandemia de Covid-19 como responsáveis pelo seu baixo índice de aprovação à frente da cidade de São Paulo. Pesquisa Datafolha publicada neste domingo (10) apontou que apenas 12% dos paulistanos aprovam seu governo.
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"É um momento de pandemia, com aumento das pessoas em situação de rua, o que acaba dando para a população uma sensação do problema econômico que o país vive, mas elas vivem na cidade e isso repercute no sentimento da cidade", afirmou Nunes na manhã desta segunda-feira (11), após participar de uma visa ao Museu Judaico de São Paulo, na Bela Vista, região central.
De 2019 a 2021, o número de moradores de rua em São Paulo aumentou 31%, chegando a 31.884. A quantidade de famílias nessa situação quase dobrou.
Para combater o problema, a gestão Nunes anunciou medidas que reciclam programas de João Doria (PSDB) e Fernando Haddad (PT), prometendo empregar sem-teto e lhes dar qualificação profissional.
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Antes de Nunes, e considerando-se os limites da margem de erro, só Celso Pitta (então no PPB), com 15%, Gilberto Kassab (então no PFL), com 15% no primeiro mandato, e Fernando Haddad, com 18%, registraram marca tão baixa no ano inaugural de suas gestões, segundo a série histórica iniciada em 1986.
O levantamento do Datafolha foi feito com 840 entrevistas realizadas na cidade de São Paulo com pessoas de 16 anos ou mais nos dias 5 e 6 de abril. A margem de erro é de três pontos.
Nunes, que assumiu após a morte de Bruno Covas (PSDB) em maio do ano passado, é entre os prefeitos avaliados pelo instituto aquele com a maior parcela de entrevistados que dizem não saber avaliar sua gestão.
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Em entrevista nesta segunda, Nunes disse que prefere fazer outra leitura da pesquisa, lembrando que 58% avaliam seu governo como ótimo, regular e bom. Segundo o Datafolha, 12% dos entrevistados consideram a atual gestão municipal boa ou ótima e 46%, regular.
Nunes, que está completando 11 meses à frente da prefeitura, acha que está fazendo um bom governo.
"Péssimo sempre vai ter um percentual, está dando 30%", afirmou. "Na época do Doria era de 39%, em um momento em que ele tinha uma capacidade muito maior que a minha para poder mostrar trabalho", disse Nunes, sobre o primeiro ano do ex-prefeito tucano, em 2017, e mais uma vez relacionando a pandemia.
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Após a eleição, Nunes manteve a postura discreta e assumiu a prefeitura com o agravamento da doença de Covas. Manteve boa parte do secretariado e até o momento não deixou uma marca clara, diferentemente dos antecessores do tucano a essa altura do mandato.
Doria, em seu primeiro ano na prefeitura, fazia aparições vestido de gari e já tinha lançado projetos que foram vitrines da sua gestão, como o Corujão da Saúde, voltado à redução da fila para exames e outros procedimentos.
Nunes disse que precisa ter humildade ao analisar a pesquisa e listou uma série de ações de sua gestão, como programas sociais para distribuição de cestas básicas e marmitas, planejamento ambiental e transporte público, além de obras de mobilidade e contra enchentes.
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Na semana passada, a 13ª Vara de Fazenda Pública da capital atendeu a um pedido do promotor Mauricio Antonio Ribeiro Lopes e determinou que a prefeitura apresente, em até 90 dias, projetos de enfrentamento às enchentes realizados desde 2014, com a comprovação da inclusão dos custos no Orçamento, a verba destinada ao município e a integral utilização destes valores.
Também foi deferido o pedido do Ministério Público para que a prefeitura apresente plano de ação detalhado de combate a inundações, que leve em conta sua capacidade orçamentária, recursos materiais e humanos e eleição de prioridades.
Em nota, a prefeitura disse que Procuradoria-Geral do Município irá dar esclarecimentos à Justiça e lista uma série de ações em toda a cidade. Fala, por exemplo, da entrega de 14 piscinões e da previsão de construção de mais 15, com investimentos de pelo menos R$ 755 milhões. Também cita a elaboração o Programa de Redução de Áreas de Risco.
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