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Cotidiano

Entenda o incidente que fez avião bater a cauda à caminho de Guarulhos

Aeronave precisou voar em círculos para despejar combustíveis e pousar mais leve; Voo seria de Milão à Guarulhos

Hebert Dabanovich

10/07/2024 às 13:00  atualizado em 10/07/2024 às 13:08

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Fumaça indicando impacto da aeronave no chão ao decolar

Fumaça indicando impacto da aeronave no chão ao decolar | Reprodução/Redes Sociais

Um Boeing 777-300 da Latam precisou voltar ao aeroporto de Milão na tarde desta terça-feira (9/7) após a decolagem. Tudo isso por conta de um incidente conhecido como “tail strike”.

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A aeronave conseguiu realizar um pouso em segurança no aeroporto de Malpensa, cerca de uma hora e meia após a sua decolagem.

O avião fazia o voo LA8073, que iria de Milão para Guarulhos, em São Paulo.

A Latam, empresa responsável pelo avião, informou em nota que lamenta o episódio e que o desembarque ocorreu normalmente e em segurança. Os passageiros foram reacomodados em outros voos.

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O que é o tail strike?

O tail strike ocorre quando a fuselagem do avião bate na pista. Por conta deste evento, a estrutura da aeronave pode sofrer danos e, dependendo da gravidade, levar à perda do controle, mas com baixo risco de fatalidades.

As conclusões estão detalhados no relatório "Tail Strikes no Pouso e na Decolagem - Avaliação de Risco de Segurança", publicado em dezembro de 2023 pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês). Esta organização, que representa mais de 330 companhias aéreas globalmente, abrange aproximadamente 80% do tráfego aéreo mundial.

Avião precisou voar em círculos para despejar combustível e pousar mais leveAvião precisou voar em círculos para despejar combustível e pousar mais leve - Reprodução/FlightAware

Saiba o que é tail strike

Quando ocorre o tail strike?

Podem ocorrer tanto na decolagem, em pousos ou até mesmo arremetidas, quando há o contato da aeronave com a pista. Neste caso com a Latam, o incidente ocorreu na decolagem.

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É comum?

Segundo informações de um banco de dados de prevenção da Iata, cerca de 9% dos acidentes entre 2013 e 2022 foram recorrentes ao tail strike. Em 2022, 24 ocorrências deste tipo foram registradas, sendo 6 classificadas como acidentes.

Entre janeiro e outubro de 2023, foram registradas cerca de 43 ocorrências. 

É mais comum no pouso ou na decolagem?

Segundo os dados informados pela Iata, 79% dos acidentes envolvendo tail strike ocorreram durante o pouso ou durante arremetidas. Neste episódio com a Latam, incidente foi na decolagem.

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O que pode provocar na decolagem?

Segundo a Iata, entre os motivos mais comuns estão:

•    A tripulação ter decidido tirar o avião depois do momento ideal, ou alguma falha na técnica de pilotagem;
•    Ventos, tesoura de vento ou turbulência durante a decolagem;
•    Aeronave fora do centro de gravidade ideal, devido a falha no cálculo de peso e balanceamento, o que a pode deixar mais pesada no fundo, por exemplo;
•    Inserção de dados incorretos no computador de bordo que calcula a performance da decolagem;
•    Aeronave configurada incorretamente para a decolagem.

Consequências do tail strike na decolagem

Neste caso com a Latam, o avião será inspecionado, buscando danos estruturais

"Embora normalmente haja um baixo risco de fatalidades, essas ocorrências podem causar danos significativos às aeronaves, resultando em milhões de dólares em reparação e em perda de receitas" para as companhias aéreas, diz o documento da Iata —uma vez que, durante o conserto, os aviões deixam a malha aérea.

De acordo com a Latam, entre as consequências e riscos mais comuns de um tail strike estão:

•    Perda de controle em voo
•    Aeronave pode parar depois da pista, caso o avião não consiga decolar;
•    Aeronave pode seguir voo com problemas
•    Se o tail strike for causado por algo na pista, como um objeto, o avião seguinte pode sofrer o mesmo problema

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A Iata mandou orientações as companhias aéreas, para que monitorem todos os eventos de forma a identificar os fatores mais comuns, e evitar que incidentes/acidentes aconteçam novamente. O Documento citado acima também informa a necessidade de treinamentos específicos de tripulação.

*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita 

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