Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Segundo pesquisa, 41% dos entrevistados que tomaram pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 desejam iniciar uma graduação no começo de 2022
Continua depois da publicidade
39% dos entrevistados imunizados querem retomar os planos de estudo ainda este ano | Diego_cervo
A diminuição da letalidade e das filas por leitos para tratar a Covid-19 não são os únicos efeitos positivos trazidos pelas vacinas. O avanço da imunização também já pode ser sentido na vontade dos jovens de voltarem a estudar, ao menos é o que revela a 3ª edição da pesquisa “Observatório da Educação Superior”, realizada pela empresa Educa Insights.
Continua depois da publicidade
De acordo com o estudo, 41% dos entrevistados que tomaram a primeira dose do imunizante contra a Covid-19 desejam começar a graduação no início de 2022 e 39% querem retomar os planos ainda este ano.
Entre os jovens que ainda não foram vacinados, a intenção de começar os estudos neste segundo semestre cai para 16% e 43% irão aguardar o próximo ano letivo.
“Ainda que a atividade econômica impacte a decisão de ingressar ou não em faculdade, nós já passamos por momentos de crise anteriormente e, dessa vez, o que percebemos, é que mesmo oferecendo um desconto maior, a pessoa continuava não querendo estudar. Assim, o risco de se contaminar é o que impedia os alunos de continuarem seus estudos (...). Com o avanço da vacinação já vamos ver uma retomada importante no ano que vem e devemos voltar ao patamar de antes da pandemia em 2023”, analisa Daniel Infante, sócio-fundador da Educa Insights.
Continua depois da publicidade
Mudança de planos
Outro estudo realizado no início do ano pela Educa Insights, em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), mostrou que 52% dos jovens adiaram o sonho de iniciar uma faculdade por conta da pandemia. A adestradora Laís Cauner, de 30 anos, foi um deles. Após passar em um vestibular para veterinária, ela desistiu do curso com a chegada do Sars-CoV-2 ao Brasil.
“Fiz biologia marinha e paralelo a isso sempre trabalhei com adestramento. Pensando em melhorar o meu rendimento profissional, mergulhei fundo em estudos sobre comportamento canino. Em 2019, já com bastante clientes, vi que era a hora de investir em uma graduação em veterinária, mas aí a pandemia chegou e eu tive que readequar a minha rota. Eu perdi clientes e o medo de contrair o vírus também influenciou muito minha decisão de não fazer a faculdade naquele momento. Ano passado, as coisas estavam muito confusas. Eu ouvia algumas pessoas felizes por terem contraído a doença e pensando que já estavam imunes, depois, vimos que a reincidência acontecia e não era motivo para ficar tranquilo”, conta Laís, que espera poder retomar os planos no ano que vem.
Leia Mais
Continua depois da publicidade
Procura por EAD cresce 30% durante a pandemia
EAD segurou o setor
Ainda segundo Infante, as faculdades privadas registram uma queda de 8% na base total de matrículas entre 2019 e 2020. O ensino à distância foi o responsável para que a retração não fosse ainda maior, já que o EAD registrou aumento de 25%, enquanto o ensino presencial retraiu 15%.
Continua depois da publicidade
“Os cursos presenciais foram os que mais sofreram, não só em volume, mas como em receita líquida, dado que seu tíquete médio é de duas vezes e meia a três vezes mais alto do que o mesmo curso fornecido no formato à distância. No EAD, por sua vez, tivemos uma evolução oposta por conta da migração dos alunos que tinham o presencial como opção e acabaram indo para o EAD para não postergar o início de sua graduação”, explica o porta-voz da Educa Insights.
Jânyo Diniz, presidente do Grupo Ser Educacional, também notou um aumento na busca dos cursos EAD. “A pandemia trouxe a todo o setor de educação uma mudança de perspectivas sobre a forma de aprender e estudar. No caso do Ser Educacional, pela primeira vez, tivemos um número maior de matrículas para os cursos EAD. Isso se deve, principalmente, à mudança de hábitos dos estudantes, que perderam o “preconceito” com a modalidade e perceberam que ambas as formas de estudos possuem qualidade, conteúdo e interação, que era antes a maior preocupação de quem tinha dúvidas entre o ensino presencial e digital.”
Mais procurados
Com a pandemia, os cursos das áreas de saúde passaram a se destacar na preferência dos estudantes. A mais recente pesquisa do Educa Insights mostra que essa é a escolha de 30% dos estudantes, sendo 38% em cursos presenciais e 18% na modalidade à distância.
Continua depois da publicidade
"Tem-se verificado no Brasil todo a importância dos cursos da área de saúde. Os estudantes perceberam essa questão agora com a pandemia. Em momentos de crise, situações econômicas ruins do país, o pessoal da área de saúde teve uma garantia maior da manutenção dos seus empregos", explicou o diretor executivo da Abmes, Solon Caldas, em entrevista ao jornal Correio Braziliense
Os cursos de negócios e gestão aparecem na segunda colocação, escolhidos por 20% dos entrevistados, 12% presencial e 30% em EAD. Em seguida, no geral, aparecem as áreas de direito (12%), educação (11%), engenharias (8%), arte e design (7%), tecnologia da informação (5%) e outros (8%).
.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade