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Cotidiano

Autônomo vira Homem-Aranha para vender doces em Itanhaém

José Milton vende paçocas, jujubas e balas no semáforo do trevo da Vila São Paulo, na entrada da cidade

Pierre Courtadon

17/12/2022 às 10:00

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José se fantasia de Homem-Aranha para atrair a clientela

José se fantasia de Homem-Aranha para atrair a clientela | NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

Vender balas e doces no semáforo para manter a família. Essa foi a alternativa que José Milton dos Santos, vendedor autônomo de 53 anos, encontrou para manter sua família, há cinco meses, em Itanhaém e driblar a crise.

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Após ficar desempregado, ele decidiu buscar uma forma de ganhar dinheiro e atrair o público fantasiado de Homem-Aranha.

"Comecei a vender balas após ficar desempregado, pois trabalhava como açougueiro em um supermercado da Cidade e fui mandado embora. Me inspirei ao ver um ex-usuário de drogas que tem um canal no Youtube", explica.

Lembra que já havia comprado a roupa de Homem-Aranha antes para brincar com as crianças. "Ao ser mandado embora da empresa, pensei por que não adaptar essa roupa do homem aranha e começar a vender balas na rua?".

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Ele começou a atuar como vendedor autônomo há cerca de cinco meses. E trabalha com a sua bandeja de doces durante sete horas ao dia, no semáforo da Vila São Paulo e na praia.

"No início trabalhei apenas duas horas embaixo do sol, à paisana, e cheguei a passar mal, pois não estava acostumado a ficar exposto ao sol", conta.

Hoje, ele trabalha de segunda a sexta-feira, a partir das 7 horas ao meio dia e após às 14 horas, no semáforo da Vila São Paulo. Já aos sábados, domingos e feriados, ele começa a partir das 14 horas, na praia, caso não chova.

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Na praia, ele começa a vender na região central e segue, a pé, até a praia do Suarão, percorrendo mais de cinco quilômetros.

O autônomo vende paçocas, pacotinhos de balas e jujubas, em uma bandeja, ao preço que varia de R$ 1,00 a R$ 2,00 cada.

José Milton afirma que as vendas de doces e balas são a sua única fonte de renda para manter a família. Ele chega a faturar, em média, até R$ 130,00 de lucro por dia. "Também recebo, às vezes, caixinhas de alguns clientes que já são meus conhecidos", destaca.

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DIFICULDADES.
Entre as dificuldades no dia a dia, ele explica que com chuva não pode vir trabalhar. E, ainda, com muito sol, ele sofre com o calor, já que a roupa esquenta bastante.

"Tive que adaptar a roupa de homem aranha para poder respirar e enxergar com a touca. Além de ter que comprar uma palmilha e mandar colocar uma borracha embaixo dos pés, na parte externa da roupa", completa.

Natural de Itanhaém, o vendedor autônomo é casado há 34 anos, tem três filhos e mora no bairro Jardim Laranjeiras. Um dos filhos, de 29 anos, sua nora e a neta, de 10 anos, além de sua filha, de 32 anos, também moram na mesma casa. Já o outro filho reside em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

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PLANOS.
Sobre os planos futuros, José Milton diz que pretende voltar a trabalhar como açougueiro, no mesmo supermercado da Cidade onde já atuou. Ele já tem experiência, pois atuou como açougueiro há mais de 30 anos.

"Já entreguei meu currículo na mesma empresa, em novembro, e estou aguardando ser chamado neste período de temporada. Caso contrário, vou continuar vendendo os doces no semáforo", conclui.

O autônomo também acredita que as vendas de doces possam aumentar bastante no semáforo e na praia, nesta temporada de verão em Itanhaém.

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Ele divulga o trabalho por meio de um canal no Youtube, como "José Milton Aranha Balas". Contatos e encomendas podem ser feitas por meio do Whatsaap 13 99746.5116.

Esta notícia foi publicada primeiro no Diário do Litoral.

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