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Cotidiano

Aumento explosivo: casos de racismo crescem 736% no estado de SP

Levantamento foi realizado pelo Tribunal de Justiça

19/04/2022 às 10:27  atualizado em 19/04/2022 às 12:52

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Samanta Malaquias e a filha, Débora, de 12 anos. Ambas foram vítimas de racismo em um supermercado em SP

Samanta Malaquias e a filha, Débora, de 12 anos. Ambas foram vítimas de racismo em um supermercado em SP | Reprodução/EPTV

Um estudo feito pelo Tribunal de Justiça e divulgado nesta semana mostra que o número de casos ligados a racismo teve aumento de 736% no estado de São Paulo. O levantamento considera o período compreendido entre os anos de 2020 e 2021 quando a pandemia de Covid-19 foi mais intensa no País.

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Os processos judiciais consideram casos de injúria racial e crimes ligados a preconceito de raça ou cor. Somente no ano de 2021 foram 251 processos tramitados no TJ, um número muito superior à soma de ocorrências em 2020 quando o Tribunal recebeu 30 processos.

O aumento expressivo no número de crimes deste tipo chama a atenção para o período em que tramitaram, pois ocorreram durante a pandemia de Covid-19, quando grande parte da população evitou sair de casa. O número de casos do ano passado é 8 vezes maior do que o observado em 2020, o que representa um aumento de 736%.

Se por um lado os números podem indicar o aumento de ocorrências de crimes ligados ao racismo, por outro, apontam que as vítimas estão mais inclinadas a levar as causas à Justiça. O texto conta com informações da "EPTV".

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A consultora executiva Samanta Malaquias e a filha dela, de 12 anos, representam um dos processos que resultou em tramitação no Tribunal. As duas faziam compras em um supermercado quando foram abordadas por um segurança da loja que perguntou se elas levariam um chocolate. Ao perguntar ao homem de qual alimento se tratava, pois nenhuma das duas havia selecionado chocolates, o funcionário respondeu: "Só perguntei".

A mulher relembra a reação da filha durante o ocorrido na loja: "A Débora [filha] chorava muito, querendo provar uma coisa que ela não precisava, e ele só falava que tinha sido infeliz na abordagem", conta ela sobre o caso ocorrido em 2021.

Samanta entrou com um processo legal e o supermercado ofereceu uma compensação de R$ 1.500 em vale-compras. A vítima acredita que este desfecho apenas encoraja a continuidade de casos de racismo por parte da empresa. "Eu não entrei por conta de dinheiro", completou.

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