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Cotidiano

Ataques a caixas eletrônicos têm queda de 72% no Estado

LEVANTAMENTO. Ataques a caixas em todo o Brasil tiveram uma queda de janeiro a maio deste ano

Bruno Hoffmann

02/08/2019 às 01:00

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No dia 4 de abril, criminosos explodiram caixas de dois bancos na cidade de Guararema; 11 morreram

No dia 4 de abril, criminosos explodiram caixas de dois bancos na cidade de Guararema; 11 morreram | /JONNY UEDA/FUTURA PRESS/FOLHAPRESS

Os ataques a caixas eletrônicos em todo o Brasil tiveram uma queda de 43% de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em São Paulo, a redução foi ainda maior, de 72% no mesmo período, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Os números da pasta incluem os roubos a banco em geral. Foram 25 casos entre janeiro e maio de 2018 e apenas 7 ocorrências no mesmo período deste ano.

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Para o diretor-adjunto de Operações da Febraban, Walter Faria, parte da queda é decorrente da instalação de dispositivos que mancham de tinta as cédulas quando os caixas são arrombados. As ações dos órgãos de segurança estaduais e federais e do Exército também contribuíram para a redução, segundo ele. Os dispositivos com tinta colorida já foram instalados pelos bancos em 75,6% dos caixas, até maio, em cidades com até 50 mil habitantes. Nas cidades com população entre 50 mil e 500 mil, 30% dos terminais já têm a

tecnologia.

A medida faz parte do compromisso dos bancos de combater esse tipo de crime e se adequar à lei 13.654, de abril de 2018, que alterou o Código Penal para reprimir principalmente o uso de explosivos nos ataques. Conforme a legislação, para municípios com até 50 mil habitantes, os bancos teriam até novembro deste ano para instalar a tecnologia da tinta em 50% dos terminais eletrônicos e até agosto de 2020 para atingir 100% dos caixas. Atualmente, o parque de caixas eletrônicos no País é de 168 mil unidades.

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Em cidades maiores, o prazo vai até abril de 2021. Conforme a Febraban, a instalação do dispositivo prioriza as regiões com maior incidência de ataques. Segundo Faria, os bancos optaram pela tinta especial, a mesma usada pela Casa da Moeda para a fabricação das cédulas - produto indelével, impossível de eliminar. Faria explica que no caso de recebimento de cédula manchada, mesmo que em pequena quantidade, o cliente deve entregar o dinheiro para seu banco. Um levantamento com 17 instituições financeiras que respondem por mais de 90% do mercado bancário mostrou que, em 2018, foram realizados 171 assaltos e tentativas a agências.

No estado de São Paulo, em 2018, tinham sido 4 roubos a banco em janeiro, 4 em fevereiro, 5 em março, 3 em abril e 9 em maio. Já este ano, houve 1 caso em janeiro, 2 em fevereiro e 2 em março. Abril e maio tiveram um registro em cada mês. A redução nos ataques coincide com ações mais ostensivas de repressão a esses crimes pelos órgãos de segurança. No dia 4 de abril, uma ação da Polícia Militar resultou na morte de 11 suspeitos, em Guararema, na região metropolitana da Capital. Os criminosos explodiram caixas de dois bancos. A quadrilha já era monitorada e foi surpreendida pela ação policial.

Conforme a SSP, nos últimos seis anos o número de casos de ataques a caixas eletrônicos no estado de São Paulo caiu 97,8%. No primeiro semestre de 2013 foram registradas 508 ocorrências desta natureza, contra 11 no mesmo período deste ano. (EC)

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