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Ossadas da época da escravidão foram encontradas em terreno na Liberdade; projeto segue em discussão na Câmara Municipal | /Reprodução/TV Globo
A Câmara Municipal de São Paulo discute um Projeto de Lei (PL) para a criação de um memorial na área que abrigou o Cemitério dos Aflitos, o primeiro cemitério público da Capital, no bairro da Liberdade, onde eram enterrados corpos de escravos entre os séculos 18 e 19. As informações são do "G1".
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Há um ano, arqueólogos identificaram resquícios da necrópole em uma obra para construir um prédio particular na rua Galvão Bueno. A descoberta transformou a área em um sítio arqueológico, pois, antes de ficar conhecido por preservar a cultura dos imigrantes asiáticos, o bairro da Liberdade era a região para onde enviavam escravos fugitivos condenados à morte por enforcamento. Com a descoberta, a obra foi embargada.
Movimentos sociais reivindicaram em audiências públicas na Câmara Municipal a criação do Memorial dos Aflitos no terreno.
Em nota ao "G1", a Secretaria Municipal da Cultura não respondeu se o terreno poderia ser decretado de utilidade pública, mas informou que a obra do terreno está embargada por conta de uma demolição considerada
irregular.
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A pasta disse que já está garantida uma placa do projeto Memória Paulistana na área do antigo Cemitério dos Aflitos e acrescentou que o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) estuda formas de garantir a presença de outras narrativas no bairro da Liberdade, conforme reivindicação do movimento negro.
A Secretaria da Cultura informou ainda que as ossadas localizadas no terreno particular estão sob a guarda do DPH e que serão realizadas análises de DNA e outras pesquisas pertinentes que possam agregar informações sobre a história e cotidiano dos paulistanos.
(GSP)
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