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Cotidiano

Aprígio: 'Municipalização da Régis em Taboão deve acontecer no mês que vem'

Prefeito de Taboão da Serra, Aprígio (Podemos), concedeu entrevista exclusiva à Gazeta na última semana e revelou novidades para o município

Matheus Herbert

04/06/2023 às 16:36  atualizado em 05/06/2023 às 17:42

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José Aprígio da Silva foi eleito em 2020 com 67.853 votos (50,63%) após uma disputa acirrada em segundo turno

José Aprígio da Silva foi eleito em 2020 com 67.853 votos (50,63%) após uma disputa acirrada em segundo turno | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

O prefeito de Taboão da Serra, Aprígio (Podemos), concedeu uma entrevista exclusiva à Gazeta na última terça-feira (30). No encontro, o chefe do executivo fez um balanço de sua gestão no comando da cidade e antecipou projetos importantes que estão no planejamento da Administração e serão colocados em prática nos próximos meses, como a municipalização de um trecho da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), construção de novas moradias populares e até um parque para lazer na região do São Judas.

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José Aprígio da Silva foi eleito em 2020 com 67.853 votos (50,63%) após uma disputa acirrada em segundo turno. O político de 71 anos é empresário e fundador da Cooperativa Habitacional Vida Nova. Ele também foi vereador por dois mandatos em Taboão da Serra e antes de ser eleito era deputado estadual.

O político de 71 anos é empresário e presidente da Cooperativa Habitacional Vida NovaEleito em 2020, Aprígio buscará a reeleição como prefeito ano que vem/Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

Durante a entrevista, Aprígio ressaltou que a pandemia do coronavírus (Covid-19) e uma dívida de mais de R$ 400 milhões fizeram com que o seu mandato de quatro anos acabasse se tornando de dois, e que foi a partir deste ano que uma boa parte do seu plano de governo começou a ser entregue no município. Além disso, o prefeito reforçou que buscará a reeleição no ano que vem. 

Confira abaixo a entrevista com o prefeito de Taboão da Serra:

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Gazeta: Logo após a sua eleição, o senhor reforçou as expressões: “o amor venceu o ódio”, “Taboão será uma outra cidade” e que “Taboão precisa ser reconstruída”. Hoje, quase três anos depois, o senhor sente que essa reconstrução está acontecendo?

Aprígio: Eu diria que estamos iniciando essa reconstrução. A cidade estava muito destruída e abandonada. Até entendermos as necessidades do que precisa ser feito leva um tempo, mas hoje já temos clareza sobre isso. Agora é colocar em prática essa reconstrução que a cidade tanto precisa.

Aprígio ressaltou que a pandemia da Covid-19 fez com que o seu mandato de quatro anos acabasse se tornando de doisAprígio ressaltou que a pandemia da Covid-19 fez com que o seu mandato de quatro anos acabasse se tornando de dois/Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

Gazeta: O senhor assumiu pela primeira vez um cargo de chefe de executivo em um período de pandemia. Em que ano o senhor começou a colocar em prática o seu plano de governo? O senhor sente que a cidade já tem a sua assinatura na administração?

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Aprígio: Organizamos a casa e estamos começando a colocar em prática muitas coisas neste ano. Durante a pandemia, havia a necessidade de fazer muitas coisas, mas não tínhamos condições de fazer. Quando chegamos aqui, não sabíamos como estava o governo, como estavam as finanças da prefeitura, e aos poucos fomos descobrindo as necessidades. Até hoje, ainda existem coisas que nos surpreendem. Então, diria que agora estamos tomando pé da situação e precisamos corrigir muitas coisas das gestões anteriores.

Gazeta: As principais bandeiras que o senhor levantava durante a campanha eram focadas na saúde, segurança e tecnologia. Essas áreas foram as primeiras secretarias que receberam investimentos do seu governo?

Aprígio: Reconhecemos que era necessário agir nessas áreas. Elas enfrentavam dificuldades. No que diz respeito à tecnologia, estamos entregando mais de 200 computadores para todas as unidades da prefeitura, que estão sendo modernizadas com novos equipamentos. Na segurança, além das câmeras, é difícil passar por Taboão da Serra sem ser visto, pois temos o COI [Centro de Operações e Inteligência] que monitora toda a cidade. Hoje, nossas forças policiais trabalham em conjunto.

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O prefeito afirma que ainda é preciso corrigir muitas coisas das gestões anterioresO prefeito afirma que ainda é preciso corrigir muitas coisas das gestões anteriores/Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

Gazeta: Quais os próximos setores que receberão investimentos em Taboão da Serra?

Aprígio: Não podemos trabalhar apenas em uma área. Quando focamos em uma, as outras também demonstram necessidades. Temos que atuar em todas as áreas. Mas neste ano, estamos empenhados em realizar bons investimentos no esporte e lazer. Vamos construir um estádio municipal padronizado para receber jogos de toda a nossa região. A construção será realizada em um local sem destino, na Arena Multiuso. Eu a chamo de arena nunca usa. Ela foi tão malfeita que não pode ser utilizada. Estamos estudando a transformação desse local em um estádio municipal.

Gazeta: Ainda em relação a Arena Multiuso, o seu governo sofre críticas por não utilizar o espaço e que ele estaria abandonado. O senhor tem conhecimento disso?

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Aprígio: Quem não conhece pode pensar que o espaço está abandonado ou não está sendo cuidado. Porém, essas pessoas não têm conhecimento de que o local não tem condições de uso. Não possui acessibilidade e nem mesmo é possível entrar ou sair de carro com facilidade. Quando chove, a água se acumula no espaço, e precisamos pedir que a equipe faça a limpeza. A obra foi mal executada. Até hoje, não entendi a proposta dessa obra e, infelizmente, não é utilizável. Por isso, estamos trabalhando e estudando a possibilidade de transformar o local em um estádio. 

Gazeta: Outra reclamação que o seu governo recebeu neste ano foi em relação ao atraso na entrega dos kits escolares. Como está o processo?

Aprígio: A entrega está ocorrendo. Quando todos vão comprar o mesmo material ao mesmo tempo, muitas vezes não é possível adquirir tudo o que se deseja no prazo desejado. Em janeiro, todos querem comprar material escolar e, às vezes, não há fornecedores suficientes para entregar no período. Minha maior preocupação é com a qualidade dos produtos. Nossa primeira exigência é a qualidade. Neste ano, tivemos um fornecedor que não atendeu às exigências de qualidade dos uniformes e precisamos trocar de empresa, o que resultou no atraso.

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Gazeta: Um dos seus projetos também é a municipalização do trecho da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que corta a cidade de Taboão da Serra. Como estão as tratativas?

Aprígio: Alguns acham que a municipalização da BR é algo pessoal do prefeito, mas na verdade é uma necessidade. Essa medida trará vida para Taboão da Serra. Ela ajudará na atração de novas empresas para a região e melhorará a mobilidade. Estamos em tratativas para esse processo há mais de um ano, e está bem avançado. Acreditamos que no próximo mês assinaremos a municipalização da BR.

Aprígio alegou que municipalização do trecho da rodovia Régis Bittencourt (BR-116) não é algo pessoal e sim uma necessidade municipalAprígio alegou que municipalização do trecho da rodovia Régis Bittencourt (BR-116) não é algo pessoal e sim uma necessidade municipal/Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

Gazeta: As obras da UBS do Parque Laguna foram embargadas e o processo foi parar na Justiça. A sua gestão chegou a confirmar que a prefeitura estava avaliando alugar um local no bairro para implantar uma unidade de saúde. O espaço já foi encontrado?

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Aprígio: Ainda não encontramos um local porque em Taboão da Serra, assim como em grande parte do Brasil, não há muita acessibilidade. As construções mais antigas foram feitas em uma época em que não se exigia acessibilidade. Portanto, para encontrar um local para alugar e implantar essa UBS, seria necessário gastar muito com reformas para torná-lo acessível. Portanto, ainda não temos uma área adequada para alugar e instalar a unidade. Acredito que a solução, é claro, seria alugar para resolver imediatamente esse problema, mas estamos em contato com algumas construtoras que vão construir naquela região para criar uma unidade de saúde em contrapartida.

Gazeta: Recentemente, a Administração taboanense divulgou a parceria para a construção de moradias populares no Parque Marabá. Existem outros projetos para a área de habitação?

Aprígio: Atualmente, temos um déficit habitacional na cidade que gira em torno de 15 mil. Estamos trabalhando em parceria com o governo estadual e federal para construir moradias populares. Teremos 500 casas no Parque Marabá e estamos estudando a construção de cerca de 3 mil apartamentos em um terreno perto da CDHU no Parque Laguna. Além disso, há previsão de construção em outras áreas da cidade, as quais estamos avaliando.

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Gazeta: O deputado estadual Eduardo Nóbrega foi um forte apoio para a sua eleição. Como está essa parceria?

Aprígio: A parceria que fiz com o deputado Eduardo foi boa para mim, para ele e, principalmente, para nossa cidade. Estabelecemos essa parceria no momento certo, o que contribuiu para minha eleição e para a dele. Certamente, essa união é benéfica para toda a região.

Gazeta: O senhor sente que o morador de Taboão da Serra está entendendo a sua gestão?

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Aprígio: Acredito que aqueles que ainda não entenderam irão compreender até o próximo ano. É impossível um prefeito chegar a Taboão da Serra, enfrentar os problemas que a cidade apresenta e resolver tudo em apenas três anos. O município estava abandonado. A população também tem compreendido que recebi a cidade em um estado caótico. Preciso de tempo para reconstruir a cidade. Espero que, daqui a um ano, os moradores comecem a reconhecer que a cidade está melhor do que há quatro anos.

Gazeta: Qual o recado o senhor que deixar para o taboanense?

Aprígio: Peço paciência. Estou há três anos na prefeitura, mas considero que estou há apenas um ano efetivo de trabalho. Arrumei a casa e organizei as finanças, e neste ano começamos a implementar boa parte do nosso plano de governo. Dois anos foram marcados pela forte pandemia. Não foi fácil trabalhar nesse período. Recebi uma prefeitura com dívidas acumuladas, fornecedores relutantes em prestar serviços à Administração devido a atrasos nos pagamentos. Não considero meu mandato de quatro anos, mas sim de dois anos. Acredito que no próximo ano poderei mostrar à população que todo o esforço valeu a pena.

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