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Após uso de dados, Meta suspende recursos de IA do WhatsApp Brasil

A decisão foi tomada após a ANDP suspender a nova política de privacidade da empresa, que permitia usar informações de usuários para treinar sistemas de IA

Yasmin Gomes

17/07/2024 às 20:00

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 ferramenta permitia a geração das figurinhas pelo próprio WhatsApp

ferramenta permitia a geração das figurinhas pelo próprio WhatsApp | Divulgação

Nesta quarta-feira (17/7), a empresa americana Meta, dona do Instagram, Facebook e WhastApp, informou que o acesso a recursos de inteligência artificial (IA) generativa foi interrompido no Brasil.

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Figurinhas de IA generativa

Entre os recursos disponíveis em suas redes sociais, foi suspenso o criador de figurinhas do WhatsApp, que permitia ao usuário criar figurinhas através de imagens da galeria.

A empresa vinha disponibilizando para parte dos usuários brasileiros um recurso de criação de figurinhas usando IA generativa.

A ferramenta permitia a geração das figurinhas pelo próprio WhatsApp e Instagram, com base em comandos de texto. As imagens, depois, podiam ser compartilhadas nas conversas.

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Suspensão

A decisão foi tomada após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANDP) suspender a nova política de privacidade da empresa, que permitia usar informações de usuários para treinar sistemas de IA.

Para este mês, a empresa planejava lançar, no mercado brasileiro, a IA da Meta, um pacote de recursos já disponível em alguns países, que inclui robôs de inteligência artificial generativa.

A decisão de suspender os recursos de IA no Brasil foi similar a postura adotada na União Europeia. Depois autoridades de dados questionarem a nova política de privacidade da empresa, a companhia anunciou que iria adiar o lançamento do chatbot Meta AI na região.

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Lei Geral de Proteção de Dados

No começo de julho, a ANPD, proibiu a empresa de usar as informações postadas para alimentar suas IAs. Segundo a autarquia, faltou transparência da empresa ao mudar seus termos de privacidade.

A Meta também teria dificultado o processo para os usuários se oporem ao uso de suas informações, infringido a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Para a ANPD, havia riscos de difícil reparação aos usuários com a nova política de privacidade.

Na ocasião, a gigante das redes afirmou, em nota, estar "desapontada" com a decisão da ANPD, que definiu como um "retrocesso", que atrasaria a chegada "de benefícios da IA para as pessoas no Brasil".

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Na semana passada, a Meta apresentou um pedido de reconsideração da decisão, que foi negado. A ANPD, no entanto, concedeu um prazo adicional para que a dona do WhatsApp apresentasse a documentação necessária para comprovar a interrupção da coleta de dados.

*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita

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