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Cotidiano

Após ser tachado de 'traidor', Tarcísio diz que será leal a Bolsonaro 'até o fim'

Declarações foram feitas em um jantar dele com empresários, promovido pelo grupo Esfera Brasil, nesta última terça-feira

Maria Eduarda Guimarães

10/08/2022 às 13:53  atualizado em 10/08/2022 às 14:00

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Tarcísio Freitas rebate críticas sobre trair Bolsonaro

Tarcísio Freitas rebate críticas sobre trair Bolsonaro | Charles Sholl/Brazil Photo Press/Folhapress

Alvo de críticas de aliados de Jair Bolsonaro (PL) e tachado de traidor em conversas reservadas, o ex-ministro da Infraestrutura e candidato ao Governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou na terça-feira (9) que não está escondendo o presidente em sua campanha e que será leal a ele "até o fim".

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As declarações foram feitas em um jantar dele com empresários, promovido pelo grupo Esfera Brasil. No encontro, ele foi questionado sobre os ataques que vem recebendo dos próprios bolsonaristas.

"Acham que vou esconder o Bolsonaro na campanha? Vou mostrar e falar em alto e bom som pra quem quiser ouvir: 'Sou o candidato do Bolsonaro em São Paulo!'", disse o ex-ministro aos empresários.

Tarcísio disse que aprendeu em seus 17 anos no Exército o valor da lealdade e da gratidão. E que Bolsonaro lhe abriu uma porta que de forma que ninguém mais faria.

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"Eu era um técnico, não tinha partido político e esse cara apostou num cara desconhecido para ser ministro. Esse cara me valorizou, me deu condições de trabalhar. Vou ser leal a ele até o fim", declarou o ex-ministro.

Como o jornal Folha de S.Paulo revelou, uma parte do entorno do presidente tem tachado de traidor o ex-titular da Infraestrutura, acusando-o de tentar se cacifar como sucessor do bolsonarismo na corrida ao Planalto de 2026.

As queixas contra Tarcísio têm levado esses bolsonaristas a dizer nos bastidores que vão trabalhar pelo atual governador e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB).

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Hoje ele tenta se apresentar como independente, mas o diagnóstico é que, num eventual segundo turno, a disputa paulista pode ficar ainda mais nacionalizada entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Interlocutores do Palácio do Planalto afirmam que Tarcísio assumiu como estratégia de campanha a tentativa de descolar sua imagem da do mandatário.

No jantar com os empresários, o ex-ministro afirmou que "nunca foi tão fácil escolher um caminho e convencer as pessoas do óbvio" nas eleições de outubro.

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Segundo ele, há o caminho da turma que já "esteve lá atrás" e que, mesmo com "o vento favorável", não fez reformas nem investimentos para o Brasil crescer. E tem o caminho de continuidade do governo Bolsonaro.

"Com todas confusões e barulho, enfrentando tudo de pior que a gente poderia ter enfrentado, é o governo que mais entregou [obras]. Contratamos investimento para caramba e a gente está pronto para dar um salto", afirmou o candidato de Bolsonaro aos integrantes do grupo Esfera Brasil.

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