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Cotidiano
A instituição, que estava fechado desde 2010, tem sete andares, e apenas dois voltaram a funcionar como hospital
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Prefeitura inaugurou 33 leitos na unidade de saúde na segunda | /Leon Rodrigues/Secom
A inauguração de 33 novos leitos no Hospital Sorocabana, na Lapa, pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) na última segunda-feira (10) ainda não é considerada suficiente por entidades que defendem a reabertura total da unidade de saúde da zona oeste de São Paulo. A instituição, que estava fechada desde 2010 e foi reaberta em junho após pressão de movimentos sociais e moradores da região, tem sete andares, e apenas dois voltaram a funcionar como hospital.
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De acordo com Beatriz Barrella, do coletivo Pompeia Sem Medo, um dos movimentos que fazem parte do Comitê de Defesa do Hospital Sorocabana, formado por moradores do entorno, a alegação da prefeitura de não poder revitalizar os outros andares por pertencerem ao governo do Estado não é verdadeira. “A prefeitura alega que o governo não cedeu o prédio inteiro, e isso não é verdade. Na negociação que foi feita em 2016, o Estado cedeu o prédio inteiro pelo período de 20 anos”, diz a ativista.
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O hospital encerrou as atividades em 2010 por dificuldades financeiras da sua gestora, a Associação Beneficente dos Hospitais Sorocabana. O terreno pertence ao governo do estado de São Paulo, que concedeu sua posse em 2016 à prefeitura de São Paulo pelo período de 20 anos. Há uma indecisão jurídica, porém, sobre a posse do terreno ainda pertencer ao governo, o que, segundo a prefeitura, a impede de fazer mais investimentos no local. Hoje a unidade também tem uma AMA e uma unidade da Rede Hora Certa.
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Barrella ainda afirma que a abertura de seis leitos de UTI dedicados à Covid-19, como anunciado por Covas, é um avanço “irrisório” perto da necessidade da região da Lapa, que, com 350 mil moradores, não tinha nenhum leito de UTI até a última segunda-feira. “É muito inferior à necessidade, é irrisório, mas para quem não tinha nenhum, já é alguma coisa. É um avanço, mas precisamos avançar mais nessa negociação jurídica. Com esse passo que ele [Covas] tomou agora, esperamos o desenrolar jurídico para que a prefeitura assuma, provavelmente na próxima gestão, a reforma e a instalação do hospital em todos os andares”.
A parte boa, segundo ela, é que o prefeito garantiu que esses leitos não serão estruturas provisórias, como os hospitais de campanha, mas permanecerão após a pandemia do novo coronavírus.
O Comitê de Defesa do Hospital Sorocabana protocolou um pedido para participar de uma reunião com a gestão municipal, para, segundo Barrella,mostrar a importância do Sorocabana ser um hospital com atendimento totalmente pelo SUS, com gestão direta e que possa ser fiscalizado pela população por conselhos gestores. A prefeitura ainda não respondeu sobre a possibilidade da reunião.
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A reinauguração
A Prefeitura de São Paulo entregou na última segunda-feira 33 novos leitos no Hospital Sorocabana. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, esses leitos serão utilizados para o tratamento exclusivo de pacientes com a Covid-19 de baixa e média complexidade. Nesta primeira fase serão 27 leitos de enfermaria e outros seis de estabilização (UTI).
Na segunda fase, ainda em agosto, serão inaugurados outros 22 leitos, todos de enfermaria, totalizando 55 leitos na unidade de saúde. Segundo a prefeitura, foram investidos R$ 1,3 milhão na reforma e adequação do prédio e mais R$ 1,1 milhão em equipamentos. O custo médio mensal para manter os serviços é estimado em R$ 3,2 milhões.
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“A reabertura do Hospital Sorocabana é uma antiga reivindicação de toda a população da Lapa e da zona oeste. Estava fechado desde 2010, quando voltou para o Estado e a associação que aqui cuidava devolveu a área. Estamos reabrindo esses 55 leitos. Parte de estabilização, parte de UTI. São leitos para ajudar no combate à pandemia de coronavírus”, disse o Bruno Covas.
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