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Cotidiano

Após ataque hacker, governo adia início de quarentena para viajantes não vacinados

O Ministério da Saúde sofreu um ataque hacker nesta sexta-feira (11), as medidas para quarentena de não vacinados entrariam em vigor no sábado (11)

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Membros do Ministério da Saúde disseram que o ataque não tem atrapalhado o trabalho operacional

Membros do Ministério da Saúde disseram que o ataque não tem atrapalhado o trabalho operacional | /Geraldo Magela/Agência Senado

Após o ataque hacker ao Ministério da Saúde, o governo Bolsonaro vai adiar em uma semana a aplicação das novas regras para o ingresso de viajantes no Brasil. As medidas entrariam em vigor neste sábado (11).

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Entre elas estão a exigência de quarentena de cinco dias para não imunizados que chegarem em voos internacionais e a apresentação de comprovante de vacinação ou teste negativo na fronteira terrestre.

A decisão ocorreu na manhã desta sexta-feira (10) e se dá como consequência do ataque nos sistemas do ministério. O anúncio foi feito pelo secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz.

"Por precaução, a gente vai publicar uma portaria hoje postergando por sete dias o início da vigência das regras que estão postas e iniciariam amanhã", disse a jornalistas. Segundo o secretário, o objetivo é não prejudicar brasileiros que estão fora do país e pretendem retornar. 

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A medida tomada para evitar o avanço do ômicron, nova variante de preocupação, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), foi anunciada pelo governo nesta semana.

Agora, passará a valer em 18 de dezembro. A portaria com o adiamento deve ser publicada, em edição extra do Diário Oficial da União, nesta sexta.

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Segundo o secretário, os técnicos da pasta estão trabalhando para restabelecer os dados e alguns sistemas já voltaram ao normal.

Segundo a reportagem apurou, ainda que o Ministério da Saúde tenha backup dos dados, é possível que nem todos os dados estivessem atualizados no backup. Assim, neste momento, o governo está fazendo uma espécie de "varredura" para ver se algum dado foi perdido.

Membros do Ministério da Saúde disseram que o ataque não tem atrapalhado o trabalho operacional da pasta, tendo em vista que não dependem dos sistemas afetados para realizar o trabalho do dia a dia.

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O ataque comprometeu temporariamente alguns sistemas da pasta, como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que estão indisponíveis no momento.

O site do Ministério da Saúde saiu do ar na madrugada desta sexta. Ao tentar acessar o portal, usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos e estavam nas mãos do grupo invasor.

"Nos contate caso queiram o retorno dos dados", diz a mensagem.

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Minutos depois, o recado desapareceu, mas o site continuou fora do ar. A plataforma Conecte SUS, que fornece o certificado nacional de vacinação, também saiu do ar.

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira em Belo Horizonte esperar encontrar e punir "exemplarmente" os autores do ataque hacker a sites e ao sistema Conecte SUS. Afirmou ainda que há como resgatar os dados.

"É um prejuízo muito grande. Pessoas criminosas que nós esperamos encontrá-las e punir exemplarmente", afirmou na capital mineira, onde cumpre agenda de visitas a hospitais. As declarações foram dadas à TV Globo.

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O ministro mencionou avanços que a tecnologia traz para a medicina, mas citou também o que chamou de "outro lado". "Tem vulnerabilidades, pessoas criminosas que invadem o Ministério da Saúde criando prejuízo às pessoas", afirmou.

Queiroga garantiu que a pasta tem como recuperar as informações. "Mas esses dados não serão perdidos. O Ministério da Saúde tem todos os dados. É só uma questão de resgatar esses dados", disse.

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