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Cotidiano
Marco Aurélio Cardenas Acosta morreu após ser atingido por tiro à queima-roupa disparado por policial militar
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Após repercursão do caso e pressão da família da vítima o governador do Estado se pronunciou por meio das redes sociais | Monica Andrade/Fotos Públicas
Após 42 horas da ocorrência em que um estudante de medicina foi morto por um policial militar, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez a primeira manifestação pública sobre o caso. O anúncio foi feito após ele ser cobrado pela família de Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos.
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O pronunciamento do governador foi feito na noite de quinta-feira (21/11), por meio da rede social 'X'. Veja mais abaixo.
O estudante foi morto com tiro à queima-roupa disparado por um policial militar, na zona sul de São Paulo. A abordagem policial ocorreu em um hotel da rua Cubatão, na Vila Mariana, por volta das 3h.
Os policiais perseguiram o jovem pelo corredor do hotel e tentaram contê-lo, conforme pode ser visto em vídeo publicado pelo portal g1. Um dos policiais atirou na altura do peito do estudante. Os policiais alegaram que o jovem teria tentado pegar a arma do outro policial.
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O enterro de Marco Aurélio está previso para as 16h desta sexta-feira (22/11), na região do Morumbi, zona sul de São Paulo.
Após a repercussão do caso e pressão da família da vítima, o governador do Estado se pronunciou:
"Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, é a polícia mais preparada do País e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos", escreveu o governador no X, antigo Twitter.
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A família de Marco Aurélio cobra responsabilização não só dos agentes que atenderam à ocorrência inicialmente.
“É preciso responsabilizar desde os policiais até os agentes que depois não quiseram me dar informações para ajudar meu filho em suas últimas chances. E depois seus superiores, porque agora ninguém nos dá a cara, ninguém nos dá um consolo”, disse o pai da vítima, Julio Cesar Acosta Navarro, ao portal UOL.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) se pronunciou por meio de nota e afirmou que os policiais estão afastados até a conclusão dos inquéritos que vão apurar o caso.
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Uma mulher que acompanhava o estudante de medicina disse, em depoimento, que foi agredida por Marco Aurelio no quarto do hotel antes da chegada da polícia.
Marco Aurélio era o filho caçula de um casal de médicos peruanos naturalizados brasileiros que se mudou há mais de duas décadas para o Brasil.
Segundo informações da mãe, Silvia Mônica, para a TV Globo, Marco Aurélio nasceu prematuramente e concluiu o ensino médio com apenas 15 anos.
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A família contou que ele chegou a ser aprovado no vestibular para cursar direito, mas escolheu seguir o caminho dos pais e do irmão, na medicina.
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