Após 2º protesto, ONG faz churrasco em frente ao Touro de Ouro em SP

A escultura do Touro de Ouro, instalado em frente a Bolsa de Valores brasileira (B3), no centro de São Paulo, na última terça-feira (16), foi alvo de dois novos atos contra a fome e desigualdade social, desde que foi inaugurada. As novas intervenções ocorrem após a colagem de cartazes onde se lia "fome", na quarta (17).

O ato desta quinta incluiu, novamente, o uso do corpo da escultura para registrar mensagens de protesto. Integrantes do Movimento Juntos se reuniram para pichar mensagens como "taxar os ricos", com tinta preta. 

"Seguiremos buscando expor a contradição entre a existência de bilionários enquanto o povo vive a procura de ossos de boi e carcaças de frango" informou o Movimento em nota, assumindo a autoria da intervenção.

Ainda na quarta-feira à noite, a ONG SP Invisível realizou um churrasco com a população de rua em frente à escultura de touro. A ideia dos ativistas com o churrasco é dar visibilidade à população paulistana em vulnerabilidade social.

“Debatemos significado, estética, e política, enquanto 116 milhões de brasileiros vivem a insegurança alimentar e famílias inteiras comem do lixo para sobreviver. Por quê?” questionou a entidade na legenda das fotos de divulgação do ato, nas redes sociais da entidade.

A reportagem da Gazeta apurou que o Touro de Ouro só tem autorização para permanecer no centro de São Paulo até o fim deste ano. A informação foi passada à Gazeta pela gestão municipal, após ser questionada pela reportagem se a B3 buscou autorização para colocar a obra no local, e quais são os trâmites para a iniciativa privada instalar uma estrutura permanente em via pública.