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Cotidiano

Apoiador de Bolsonaro mata a tiros jovem dentro de sua própria casa após apuração

Polícia Civil investiga se morte de jovem de 28 anos em Belo Horizonte teve motivação política; suspeito também baleou outras quatro pessoas ao final da apuração dos votos no domingo

Luana Fernandes

31/10/2022 às 18:53  atualizado em 31/10/2022 às 18:54

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Pedro Henrique Dias acompanhava a apuração em casa quando foi assassinado

Pedro Henrique Dias acompanhava a apuração em casa quando foi assassinado | Reprodução

Na noite deste domingo (30), após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um apoiador de atual presidente Jair Bolsonaro (PT) assassinou a tiros o jovem Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, na garagem de sua casa, no bairro Nova Cintra, em Belo Horizonte. A identidade do suspeito, que teria 36 anos, não foi revelada. O atirador baleou outras quatro pessoas ao final da apuração: duas mulheres de 47 anos, uma de 40 e uma criança de 12 anos. As informações são do Jornal O Globo.

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O caso é investigado pela Polícia como crime de motivação política. Segundo a PM, o suspeito estava sob efeito de álcool quando decidiu sair em "busca de traficantes". O próprio atirador revelou aos policiais que "atirou aleatoriamente" ao sair de casa. As primeiras vítimas foram uma mulher de 47 anos e outra de 40, as duas atingidas de raspão e encaminhadas à UPA Oeste. 

Em seguida, ele avistou a garagem em que Pedro e sua família comemoravam a vitória de Lula. A mãe, de 47 anos, e uma prima, de 12, decidiram abrir o portão da casa para festejar na rua. Foi quando o suspeito atirou nos três. Todos foram encaminhadas ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas o jovem não resistiu aos ferimentos no abdômen e no ombro.

À Record TV, uma tia de Dias relatou que dez pessoas estavam no local acompanhando a apuração dos votos. Entre elas, havia também apoiadores de Bolsonaro.

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A Polícia Militar apreendeu duas armas de fogo — uma pistola calibre 9mm e uma 380 — e uma faca. Na casa do detento, uma arma de fogo e mais 500 munições foram encontradas.

A Polícia Civil investiga o caso com motivação política, mas nenhuma linha foi descartada. O suspeito foi preso em flagrante pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. A defesa dele alega surto psicótico e não cunho político.

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