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Cotidiano

Apesar de chuvas, racionamento de água persiste em cidades do interior de SP

Diversas cidades do estado de São Paulo estão ampliando o racionamento de água visando reduzir o consumo e recuperar os sistemas de captação

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Mais de 5 bilhões podem ter dificuldades no acesso à água em 2050

Mais de 5 bilhões podem ter dificuldades no acesso à água em 2050 | /Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

Depois de um outubro muito chuvoso, um novembro com precipitação abaixo da média. Foi o suficiente para que cidades paulistas ampliassem ou retomassem o racionamento de água que tem sido uma característica do interior no decorrer deste ano.

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Normalmente dependentes de mananciais como represas ou lagoas para abastecer suas populações, as cidades que sofrem com a crise hídrica adotam medidas diferentes para tentar reduzir o consumo e, com isso, recuperar seus sistemas de captação. 

Como as previsões de chuva em algumas regiões também não são favoráveis nos próximos meses, os rodízios de agora têm como objetivo permitir que haja água para períodos como Natal e Réveillon.

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No decorrer do ano, mais de uma dezena de cidades do interior decidiram aplicar multas de até R$ 1.000 para quem fosse flagrado desperdiçando água.

Em Salto, depois de a cidade ter registrado em outubro fortes chuvas e avançado à fase mais branda do racionamento, foi preciso regredir para a fase laranja, o que significa que os moradores agora ficam 24 horas com água, seguida de outras 24 sem o abastecimento em seus imóveis.

De acordo com o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), foi preciso ampliar o racionamento na cidade justamente porque as chuvas previstas para a região não aconteceram.

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Se o cenário piorar, a cidade pode entrar na fase vermelha, que reduz o abastecimento de 24 horas para 12 horas, seguida de 36 horas sem água nas torneiras.

O racionamento, que atinge 80% dos moradores numa crise hídrica que é considerada a pior dos últimos cem anos, é válido em Salto até o dia 30 de dezembro.

Neste domingo (5), por exemplo, o abastecimento foi interrompido às 20h em bairros como Bela Vista, Centro, Eldorado, Panorama e Porto Seguro e só será retomado às 20h desta segunda-feira (6).

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Itu, que enfrenta um racionamento de água desde o dia 5 de julho, assim seguirá pelo menos até o próximo dia 15.

Mesmo com as represas operando com alta em novembro, a CIS (Companhia Ituana de Saneamento) tomou a decisão por avaliar que as chuvas do mês passado foram fracas e insuficientes para recarregar os mananciais.

Segundo a CIS, obras para ampliar o abastecimento de água na cidade estão sendo feitas, entre as quais a ampliação da capacidade do sistema Mombaça.

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"O local da captação vem sendo preparado para receber duas bombas de última geração, além de melhorias em infraestrutura hidráulica e elétrica. Teremos maior velocidade para trazer a água do Mombaça", diz comunicado da empresa à população.

Com 7 dos 9 mananciais (represas) da cidade sendo muito dependentes da chuva, campanhas de conscientização têm sido feitas. Além disso, multas estão sendo aplicadas na cidade.

Em Porto Feliz, na última sexta-feira (3) foi ampliado o prazo de interrupção no fornecimento de água devido ao agravamento da crise hídrica.

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Na última quarta (1º), o nível do ribeirão Avecuia chegou a apenas 30 centímetros no ponto de captação, o que desliga automaticamente as bombas e prejudica o sistema.

Às segundas, quartas e sextas, quatro setores da cidade ficam sem água, enquanto às terças, quintas e sábados é a vez de outros quatro setores.

No primeiro dia, Palmital, Cidade Baixa, Vila Progresso e Flamboyant ficaram sem o abastecimento, que se alterna com Popular, Jardim Vante, Vila América e Campo Santo.

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"Pedimos a colaboração e a compreensão de todos para que se programem e continuem economizando água neste período difícil, de tamanha e tão prolongada estiagem", informou o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto).
Em Vinhedo, choveu apenas 108 milímetros em novembro, abaixo do esperado para o período. Isso, somado à previsão de precipitações inferiores à média histórica até fevereiro, fez com que o serviço de saneamento básico da cidade retomasse com rodízio 24x24, com um dia de água e outro sem.

Em vigor desde a última quinta-feira (2), o sistema é válido para bairros abastecidos pela Estação de Tratamento 1, que compreende 70% da cidade.

De acordo com a prefeitura, a medida também foi tomada com o objetivo de tentar elevar os níveis dos mananciais de captação para que não haja racionamento no período das festas de final de ano.

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O rodízio será suspenso entre os dias 23 de dezembro e 3 de janeiro –exceto nos dias 28 e 29. Em oito meses deste ano as chuvas ficaram abaixo da média.

Já Bauru, que tinha adotado rodízio em abril, suspendeu a medida há pouco mais de dez dias, depois da desobstrução e desassoreamento do rio Batalha e afluentes, no último dia 23. O sistema abastece 35% da cidade de 381 mil habitantes.

Segundo o DAE (Departamento de Água e Esgoto), uma escavadeira retirou parte da areia que obstruía o fluxo do rio, o que fez com que o nível da lagoa de captação subisse, suspendendo o rodízio.

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