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Cotidiano

Apesar de atacar a segurança das urnas, partido de Bolsonaro não participou de testes do equipamento

O código-fonte é um conjunto de linhas de programação que dão as instruções de funcionamento para a urna eletrônica, que é alvo de uma série de mentiras e teorias conspiratórias do presidente da República

Jeferson Marques

05/06/2022 às 14:08

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| José Cruz/Agência Brasil

Apesar de estar disponível para inspeção desde 4 de outubro na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o chamado código-fonte da urna eletrônica não foi alvo até o momento de análise do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

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O código-fonte é um conjunto de linhas de programação que dão as instruções de funcionamento para a urna eletrônica, que é alvo de uma série de mentiras e teorias conspiratórias do presidente da República, candidato à reeleição em outubro.

A realização da inspeção não é obrigatória, mas é uma das principais fases de auditoria do processo eleitoral.

Em maio, durante sua live semanal, o presidente disse que o PL contrataria uma empresa para fazer uma auditoria privada das eleições deste ano. O partido ainda não confirmou se contratará ou não uma empresa.

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O anúncio sobre a auditoria ocorre no momento em que Bolsonaro amplia os questionamentos ao processo eleitoral e faz insinuações golpistas. Em tom de ameaça, ele disse que os resultados dessa futura análise podem complicar o TSE se a empresa constatar que é "impossível auditar o processo".

Bolsonaro afirmou que a auditoria não seria feita após as eleições, mas que a empresa começaria a trabalhar assim que contratada e solicitaria ao TSE uma "quantidade grande de informações".

Até agora, porém, a única visita do PL ao TSE para acompanhamento dos sistemas ocorreu em 9 de dezembro, quando três representantes do partido estiveram no tribunal por cerca de três horas.

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Eles assistiram a apresentações sobre o processo eleitoral e os principais sistemas utilizados, bem como sobre o funcionamento da urna e seus dispositivos de segurança. Também tiveram dúvidas esclarecidas. Na data, não houve nenhuma análise do código.

A visita foi agendada por meio de ofício do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, datado de 23 de novembro –uma semana antes do evento oficial de filiação de Bolsonaro ao partido.

Ele respondia a convite do TSE do início de outubro, também remetido aos demais partidos e entidades fiscalizadoras, em que o então presidente da corte, Luís Roberto Barroso, comunicava que os códigos estavam disponíveis para inspeção. O ministro recomendava ainda que a fiscalização fosse realizada por "profissionais da área de tecnologia da informação".

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Representaram o PL na visita Luiz Henrique Sampaio Guimarães, Rui Fernandes Ribeiro Júnior e Glaydson Gomes Guerra. Os dois últimos são assessores parlamentares na Assembleia Legislativa de São Paulo, atuando respectivamente junto à liderança do PL na Casa e a uma deputada do partido. 

Já Sampaio Guimarães consta como segundo tesoureiro do PL na executiva nacional.

A Reportagem conseguiu entrar em contato apenas com Ribeiro Júnior, que confirmou que não houve análise dos códigos em sua visita. Ele relata que assistiu a apresentações básicas sobre o processo eleitoral e diz que a visita era uma primeira etapa.

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Gomes Guerra foi procurado no gabinete em que trabalha, mas não retornou às ligações, já Sampaio foi procurado por meio da assessoria de comunicação do partido.

O TSE afirmou que posteriormente a essa visita o PL não retornou ao tribunal para inspecionar os códigos-fonte nem fez menção de retorno. Fora o PL, o PV foi o único partido a comparecer, mas também não inspecionou o código-fonte.

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