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Cotidiano
Aldeia Rio Silveira, em Bertioga, receberá visitantes esta semana em evento cultural
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Cacique Adolfo Wera Mirim explica o dia Ano Novo Guarani | DIVULGAÇÃO
Cerca de 800 moradores, entre eles 350 crianças e 15 idosos iniciam nesta quinta-feira (7), na Aldeia Rio Silveira, em Boracéia - Bertioga divisa com divisa com São Sebastião - O Arapyau (Ano Novo Guarani), "uma forma de renovar a vida. Uma tradição sagrada e milenar. Um novo ciclo do ano, assim como uma nova estação. É quando a natureza, os animais e os humanos se renovam. Os guaranis purificam a mente e renovam as plantações e outras produções. É um momento de consagração", sintetiza o cacique Adolfo Wera Mirim, em entrevista exclusiva ao Diário do Litoral.
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Esse ano, o evento tradicional indígena - aberto a quem deseja conferir a importância e a sabedoria do povo originário - tem um significado especial. Em fevereiro, a aldeia foi bastante castigada pelo grande volume das chuvas que atingiu também Ubatuba, chamando a atenção de todo o País. A Aldeia Rio Silveira tenta se reerguer aos poucos da tragédia e está aberta à visitação monitorada.
Os visitantes, além de uma atividade cultural completamente diferente, têm a oportunidade de ajudar a comunidade indígena de famílias nativas de etnia Guarani- Mbya e Nhandeva, que perdeu muito na última enchente.
Os participantes chegam na quarta-feira (6). No dia seguinte (7), por volta das 9 horas, acontece canto e danças. Os destaques seguintes do dia são pintura corporal; tiro de arco e flecha; exposição de artesanato; trilha e banho de cachoeira e culinária Guarani.
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No dia 8 (sexta-feira), haverá roda de conversa; troca de sementes, conhecimento de plantas nativas e agroflorestal. No sábado (9), novamente culinária Guarani e, ao fim, oficina de dança - Xandoro e dança do Tangará. O dia 10 é reservado aos agradecimentos e encerramento.
ANO.
É importante destacar que, ao longo do ano, a Aldeia Rio Silveira possui um roteiro agendado e por intermédio de um guia indígena. Os visitantes conhecem a biodiversidade da reserva, a cultura e alimentação típica. A comunidade vive dentro das suas ocas ou casas, feitas com madeira de "palmeira-pati" e algumas de alvenaria.
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Os visitantes percorrem uma trilha de dois quilômetros e conhece um dos rios da bacia do Rio Silveira, um dos locais de natureza mais preservados de São Sebastião, que íntegra a exuberante Mata Atlântica.
Um dos biólogos que acompanha os visitantes oferece um conteúdo riquíssimo em histórias e curiosidades acerca da reserva indígena e seus habitantes.
O local está inserido em um trecho preservado da Mata Atlântica, com formações vegetais riquíssimas, classificadas como Floresta de Restinga e Floresta Ombrófila Densa.
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Na volta, é possível experimentar a alimentação indígena, depois ocorre uma apresentação cultural, com música e dança feito pelas crianças e jovens.
Em seguida, são realizadas pinturas de grafismos e é possível conhecer um pouco sobre a história desse povo. No final do passeio, você pode comprar palmito e artesanato indígena.
Para marcar visita, é preciso agendar com o cacique Adolfo pelo (11) 94231-7570. A taxa de inscrição para o passeio e a alimentação é R$ 200,00 por pessoa. Artesanatos também podem ser comprados de forma online, no Instagram, na @mari.paramirim, fazer um pix para a artesã e receber a encomenda pelos correios.
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DEMARCAÇÃO.
A aldeia foi demarcada por decreto. Desde 2010, existe um processo de expansão de suas terras, à pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), dos atuais 944 hectares para 8,5 mil.
Em 2005, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) construiu as casas de alvenaria, porém o abastecimento de água fica restrito ás casas próximas da estrada.
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Em 2013, uma parceria firmada por FUNAI, CDHU e Prefeitura de Bertioga chegou a prever um investimento total de nove milhões de reais na construção de moradias com água encanada, luz elétrica e rede de esgoto na aldeia
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