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Cotidiano
Devido a alta no valor da carne, o IPCA encerrou dezembro em 1,15%; com o resultado, a inflação fechou o ano de 2019 em 4,31%, acima dos 4,25% previstos definida pelo CMN
10/01/2020 às 16:16
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O preço da carne no Brasil, com alta de 18,06%, contribuiu para o resultado elevado de dezembro | Changyoung Koh/Unsplash
Influenciada pela alta no preço da carne, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro foi de 1,15%, o maior resultado para este mês desde 2002, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta (6).
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Assim, inflação fechou o ano de 2019 em 4,31%, acima dos 4,25% previstos definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), mas dentro do limite de variação de 1,5 ponto percentual.
O resultado de dezembro ficou acima dos 0,51% registrados em novembro e não tinha um registro tão alto para o último mês do ano há 17 anos, quando marcou 2,10% em dezembro de 2002.
Os preços das carnes no Brasil, com alta de 18,06%, contribuíram para esse registro e puxaram a marca de 3,38% no grupo de alimentação e bebidas, no que foi a maior variação mensal para o setor desde o mesmo dezembro de 2002.
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Outras altas foram observadas no mês, como combustíveis (3,57%) e passagens áreas, que subiram para 15,62%. O reajuste nos preços das apostas de novembro fez os jogos de azar (12,88%) também impactarem a inflação de dezembro.
No ano, o grupo alimentação e bebidas aumentou 6,37%. As carnes variaram 32,40%, sendo que 27,61% foram no último bimestre.
"Pesou também a alta nos planos de saúde (8,24%), por conta do reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A alimentação fora do domicílio também influenciou o índice, em função do aumento das carnes", disse o gerente da pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov.
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Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE em 2019, somente artigos de residência tiveram deflação, de 0,36%.
Habitação registrou alta de 3,9%, vestuário subiu 0,74%, transportes marcaram 3,57%, saúde e cuidados pessoais cresceram 5,41%, assim como despesas pessoais, com 4,67%, educação, com 4,75%, e comunicação, com 1,07%.
Em 2018, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 3,75%.
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