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Cotidiano

'Aliança Global Contra Fome e a Pobreza' tem o DNA do Brasil

No total, 82 países apoiaram a proposta patrocinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Nilson Regalado

28/11/2024 às 11:30  atualizado em 28/11/2024 às 11:31

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Organização foi formalizada durante a Cúpula do G-20, no Rio de Janeiro

Organização foi formalizada durante a Cúpula do G-20, no Rio de Janeiro | Rodrigo Matos/Agência Brasil

Com 148 membros-fundadores, a “Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza” foi a maior vitória da diplomacia brasileira neste século.

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A organização foi formalizada durante a Cúpula do G-20, no Rio de Janeiro, evento que reuniu os líderes das 20 maiores economias do mundo, além de representantes de organizações multilaterais como a Organização das Nações Unidas e o Fundo Monetário Internacional.

No total, 82 países apoiaram a proposta patrocinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa visa acelerar os esforços globais para erradicação da pobreza e da fome, os dois primeiros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estipulados pela Organização das Nações Unidas para serem atingidos até 2030.

A estratégia para viabilizar o combate à insegurança alimentar vai priorizar a transferência de renda, a alimentação escolar e a qualificação para o emprego.

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O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, adiantou que serão instaladas bases da Aliança Global em cidades estratégicas.

A intenção é que sejam criados escritórios em Washington, capital dos Estados Unidos, em Roma, capital da Itália, em Adis Abeba, capital da Etiópia, e em Brasília. Na Ásia, o escritório deverá ser instalado na capital da Tailândia, Bangkok.

O número de pessoas com fome nos Estados Unidos, inclusive, é três vezes maior do que no Brasil. Ainda assim, as falhas no combate à fome no país não foram reconhecidas durante as eleições.

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O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já anunciou financiamento de US$ 25 bilhões para a Aliança Global, o equivalente a R$ 140 bilhões. O Banco Mundial também será parceiro da plataforma, contribuindo com recursos não reembolsáveis e empréstimos com juros reduzidos.

Entre as nações, haverá dois blocos. O primeiro é para a governança e o Brasil pretende contribuir com 50% do valor necessário. Ao segundo bloco caberá implementar, de fato, as ações para a erradicação da pobreza e da fome.

Além das 82 nações, a lista de fundadores da “Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza” inclui 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras internacionais e 34 organizações filantrópicas e não-governamentais, além da União Africana e da União Europeia.

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A estrutura organizacional da Aliança Global prevê a formação de um conselho constituído por lideranças mundiais com poder de influência em determinadas regiões e países que aderiram à iniciativa.

Entre essas pessoas estão representantes de alto nível dos países e das organizações que compõem o grupo. O número máximo é 50 integrantes, sendo 25 representantes dos países e 25, das organizações.

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