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Cotidiano

Como funciona a nossa imunidade

Os soldados do sistema imunológico estão de prontidão para evitar a invasão de agentes patogênicos – mas se o corpo não está bem, as armas não funcionam como deveriam

25/03/2020 às 01:00  atualizado em 27/09/2021 às 14:12

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O sistema imunológico, para fazer seu trabalho devidamente, precisa de bons hábitos de vida, como boa alimentação e exercícios físicos

O sistema imunológico, para fazer seu trabalho devidamente, precisa de bons hábitos de vida, como boa alimentação e exercícios físicos | Arte: Gazeta de S.Paulo

Em tempos de coronavírus, com mais pessoas sendo infectadas por um agente ainda desconhecido, é importante cuidar da nossa saúde e das nossas defesas. Nosso corpo é como se fosse um país: os órgãos são os ministérios, com atividades específicas, e que trabalham de forma interdependente para manter tudo funcionando. Mas, como toda nação, precisa de um exército para defendê-la de invasões externas - é aí que entra o sistema imunológico.

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"Fazem parte desse sistema as células de defesa, anticorpos, muitas outras moléculas e os órgãos linfoides, como linfonodos [gânglios linfáticos], baço, amídalas...", explica o professor doutor José Mauricio Sforcin, do Departamento de Ciências Químicas e Biológicas do Instituto de Biociências da Unesp, Câmpus de Botucatu.

Há dois tipos de imunidade. A inespecífica é formada por células que circulam diariamente e ficam de prontidão contra vírus e bactérias, como se fosse uma ronda constante para destruí-los. Mas a conversa muda quando aparece um agente diferente que consegue driblar estas barreiras. "Os micro-organismos têm mecanismos para tentar escapar da imunidade. É quando o corpo percebe isso e cria uma resposta especial contra aquele micro-organismo, que é direcionada para ele", conta. É a imunidade específica.

E o corpo aprende: uma pesquisa australiana, divulgada nesta semana, mostrou que o sistema imunológico de pessoas que pegaram o coronavírus se comporta de forma muito semelhante à infecção pelo vírus da gripe. Ou seja: ele consegue dar conta de combater esse novo agente patogênico.

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Falando em micro-organismo, eles atuam de duas formas diferentes no corpo. O extracelular é aquele que fica circulando no sangue e em outros espaços, como as bactérias. O professor explica que esse tipo é o mais fácil de lidar, porque os anticorpos conseguem dar conta deles, na grande maioria das vezes. Mas quando são agentes intracelulares, que conseguem infectar as células do nosso próprio organismo, a coisa muda de figura, como os vírus, por exemplo. "Eles entram nas células, se replicam e as destroem depois, e podem comprometer um tecido ou órgão".

O sistema imunológico também tem aliados externos, como a pele íntegra, sem ferimentos. Ela consegue impedir a entrada de muitos agentes infecciosos. O estômago e a vagina também são barreiras importantes, porque seu interior é ácido - que consegue evitar a proliferação de boa parte dos micro-organismos.

Mas tudo isso pode não funcionar devidamente se o corpo não está em equilíbrio. "A imunidade é o resultado de uma série de coisas: boa alimentação, atividade física, cabeça em ordem".

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Um exemplo é o estresse. Ele faz o corpo produzir cortisol, que no começo atua como um anti-inflamatório. "Mas ele deprime o sistema imunológico a longo prazo". As doenças crônicas já sobrecarregam o corpo de forma geral, e torna o trabalho do sistema imunológico mais difícil. Os idosos também merecem cuidado, porque a imunidade deles vai declinando com a idade.

É aí que entram os bons hábitos de vida. "Boa alimentação, atividade física, mente em equilíbrio, evitar ansiedade e estresse". As vacinas também são uma ferramenta interessante. "Elas deixam o sistema imunológico alerta". Mas, na falta dela, cuidar do corpo e da higiene são essenciais. "Se as pessoas se isolarem um pouco mais, lavarem as mãos, usarem álcool gel e se cuidarem, não vão contrair a doença e não vão transmiti-la", completa.

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Alerta geral no nosso corpo - Arte: Gazeta de S.Paulo

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