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A cidade de Berlim enterrou nesta segunda, na presença dos descendentes, os restos microscópicos encontrados recentemente de vítimas do nazismo durante a 2ª Guerra cujos corpos foram objeto de experimentos médicos durante a guerra, um episódio relativamente desconhecido do período
nacional-socialista.
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A cerimônia no cemitério de Dorotheestadt foi uma iniciativa do grande hospital da capital alemã, Charité, após três anos de pesquisas e teve a presença de um rabino e de integrantes da Igreja protestante. "Com o enterro das mostras microscópicas extraídas naquele momento dos corpos, queremos dar um pouco de dignidade às vítimas", afirmou o diretor do hospital Charité, Karl Marx Einhäupl.
Para Saskia von Brockdorff, cuja mãe, Erika von Brockdorff, foi decapitada na prisão berlinense de Plötzensee há exatos 76 anos por fazer parte do famoso movimento de resistência Orquestra Vermelha, trata-se de "colocar um ponto final nesta história".
"Agora sei onde posso chorar a perda da minha mãe, executada em 13 de maio de 1943 na prisão. Estou contente de poder vir aqui", disse Saskia, de 81 anos.
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A iniciativa é uma demonstração dos esforços, recentes, do hospital para "enfrentar o passado", destaca o memorial da Resistência Alemã, que também organizou a cerimônia. Os restos mortais, pouco visíveis, foram entregues em 2016 a um professor para uma tentativa de
identificação. (EC)
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