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Cotidiano

Álcool no pão de forma: indústria aponta falhas em estudo

No estudo, a Proteste analisou dez marcas e concluiu que, se os pães fossem bebidas, seis delas seriam consideradas alcoólicas

Monise Souza

16/07/2024 às 10:12  atualizado em 16/07/2024 às 14:00

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Abimapi aponta falhas no estudo que mostra a presença de teor alcoólico em algumas marcas de pão de forma populares no Brasil

Abimapi aponta falhas no estudo que mostra a presença de teor alcoólico em algumas marcas de pão de forma populares no Brasil | Reprodução

A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) divulgou uma nota nesta segunda-feira (15) apontando falhas no estudo da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) que mostra a presença de teor alcoólico em algumas marcas de pão de forma populares no Brasil.

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Estudo

No estudo, chamado de “Tem álcool no seu pão de forma”, a Proteste analisou dez marcas e concluiu que, se os pães fossem bebidas, pela legislação, seis delas seriam consideradas alcoólicas, já que ultrapassaram o valor de 0,5% de teor alcoólico em sua composição.

A causa da presença seriam os altos teores de agentes conservantes antimofo.

Após a realização de testes, a associação enviou um ofício para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o estabelecimento coloque um percentual máximo de álcool nos pães e faça a fiscalização dos produtos.

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Pães com teor alcoólico

Segundo o levantamento, caso os pães fossem bebidas, os produtos de cinco marcas seriam considerados alcoólicos. Veja quais:

  • Visconti (teor alcoólico de 3,37%);
  • Bauducco (1,17%);
  • Wickbold 5 Zeros (0,89%);
  • Wickbold Sem Glúten (0,66%);
  • Wick Leve (0,52%), e;
  • Panco (0,51%). 

Para outras informações sobre o estudo, clique aqui.

Falhas na pesquisa

Segundo o Estadão Conteúdo, a entidade da indústria, Abimapi, emitiu uma nota apontando as inconsistências e questionou as informações apresentadas, bem como a de que o consumo de parte dos produtos analisados poderia acarretar em problemas em testes de bafômetro. “Na conclusão, a Proteste comparou seus resultados com valores descritos em legislações de bebidas alcoólicas, sem estabelecer relação do possível álcool presente em alimentos e o álcool das bebidas alcoólicas”, afirmou.

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Além disso, as indústrias reclamaram sobre a falta de informações e falta de transparência sobre as referências de pesquisa. A associação ainda informou que a Proteste mencionou apenas a técnica de análise e não uma metodologia validada por órgão competente.

A Abimapi afirma que a indústria não teve oportunidade de avaliar contraprovas, pois os lotes já estavam vencidos no momento da publicação e que a pesquisa é assinada por um profissional que não apresenta o número de registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

Nota da Protese

A Protese emitiu uma nota rebatendo aos questionamentos e afirmou que a associação deveria se preocupar com os resultados da pesquisa. Confira na íntegra:

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"A PROTESTE | EUROCONSUMERS-BRASIL – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – assim como todas as organizações do Grupo Euroconsumers – tem como missão buscar uma sociedade de consumo mais consciente e informada. A Proteste é nacionalmente reconhecida pela divulgação de testes e, ao longo dos anos, obteve inúmeras vitórias em prol do consumidor.

No caso do teste de álcool nos pães, ratificamos que o referido teste foi realizado por laboratório devidamente acreditado no INMETRO e no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). O teste foi assinado e conduzido por responsável técnico. A metodologia utilizada pelo laboratório parceiro foi a de Cromatografia a Gás com detecção no headspace (gás volatizado) a quantidade de etanol na amostra.

Informamos ainda que encaminhamos todos os laudos para a ANVISA para que a autoridade competente adote as medidas legais e administrativas cabíveis.

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A nota de discordância da ABIMAPI faz parte do Estado Democrático de Direito, entretanto, entendemos que a referida associação também deveria se preocupar com os resultados dos testes em questão.

A Proteste, ao divulgar os resultados dos testes realizado por laboratório devidamente acreditado, apenas exerce o direito constitucional à informação e qualquer tentativa de impedir essa informação, deve ser considerada uma censura."

*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita

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