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Cotidiano
Especialista em recursos humanos e carreiras reúne as melhores estratégias para a elaboração do CV, que pode ser decisivo no processo de conquista da vaga
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Documento deve ser factualmente preciso, incluindo datas das últimas experiências, escolaridade concluída, assim como cargos e habilidades adquiridas em cada função | Divulgação
Nunca é demais reforçar a importância de um currículo bem feito. Afinal, este é o primeiro meio pelo qual o candidato se apresenta para um possível emprego. “Ainda que sua experiência de trabalho seja consistente, um currículo incompleto pode diminuir as chances de se chegar até a entrevista”, diz Aliesh Costa, especialista em recursos humanos e carreiras e CEO da Carpediem RH. “Antes de clicar em enviar, a pessoa deve fazer o máximo possível para que ele se destaque”, conclui.
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Em linhas gerais, o documento deve ser factualmente preciso, incluindo datas das últimas experiências, escolaridade concluída, assim como cargos e habilidades adquiridas em cada função. Dessa forma, o recrutador conseguirá avaliar de forma precisa o crescimento profissional do candidato. No mais, a redação concisa, sucinta e direta e o uso correto da gramática também são pontos importantes. “Acima de tudo, pense no currículo sob a ótica do marketing, ou seja, como uma ferramenta estratégica para comercializar sua marca individual”, diz Aliesh.
Veja, a seguir, 11 dicas da especialista para um CV atraente e eficaz:
1 - Coloque suas informações de contato. Em primeiro lugar, o empregador precisa saber quem é você e como acioná-lo. Assim, logo no topo do documento, devem constar o nome completo, idade, endereço (com a cidade onde reside), números telefônicos, endereço de email e, caso possua, também o perfil do LinkedIn. “O candidato deve estar atento ao seu endereço de email, evitando utilizar apelidos ou títulos genéricos, como nome de personagens, o bairro onde se vive ou conjuntos musicais, por exemplo, pois isso soa pouco profissional”, alerta Aliesh. Informações como CPF e RG são dispensáveis.
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2 - Exponha seus objetivos profissionais. Devem ser inseridos no início do currículo, logo após os dados pessoais, pois é muito importante que o candidato deixe claro as áreas de atuação desejadas. “Os objetivos devem ser sempre alterados conforme as empresas, para que estejam alinhados com os valores de cada organização”, diz Aliesh.
3 - Faça um resumo do currículo. É opcional e consiste em tópicos que têm como finalidade trazer uma visão geral de como foi a carreira do candidato, as principais empresas e setores por onde passou e que tipo de responsabilidades assumiu. “A ideia aqui é contar objetivamente sua trajetória para facilitar o trabalho do recrutador”, diz Aliesh.
4 - Insira sua formação. Estas informações devem ser sucintas e prezar pela clareza. Basta colocar o nome das instituições onde estudou (escola, faculdade) bem como daquelas onde fez pós-graduações ou MBA, por exemplo. “O candidato deve apontar também os respectivos anos de conclusão, pois assim os recrutadores conseguem ter uma noção do quanto a pessoa está atualizada”, destaca Aliesh. “Caso o curso esteja em andamento, deve ser colocado o ano previsto para conclusão”.
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5 - Capriche na experiência profissional. Este é o “coração” do currículo, sua parte mais importante. Para que a seção seja lógica e informativa, é preciso listar as experiências em ordem decrescente, ou seja, das mais recentes para as mais antigas. Em cada uma, o candidato deve inserir o nome da empresa, cargo ocupado e um breve resumo das atividades realizadas. Além disso, o mês e ano em que entrou e saiu de cada organização também devem constar. Pode-se, ainda, colocar um breve descritivo sobre cada empresa, o que não é obrigatório. “Na hora em que estiver concentrada nestas informações, a pessoa deve fazer uma reflexão para elencar as atividades essenciais que desempenhava”, diz Aliesh. “Assim, o recrutador não terá dificuldades em avaliar se há ou não aderência à vaga”. Outra dica é filtrar as experiências mais relevantes, além da atual. Nesse sentido, se o candidato é um gerente, por exemplo, não há motivo para inserir sua experiência como estagiário (algo que ocorreu há muitos anos).
6 - Faça uma carta de apresentação. Essa dica vale para quando o currículo for enviado por email. Consiste, basicamente, em se apresentar para o recrutador de maneira mais pessoal, explicando as motivações e tudo aquilo que não foi possível abordar no currículo. “Uma carta de apresentação bem elaborada pode fazer a diferença entre conseguir uma entrevista de emprego ou ter a inscrição ignorada, por isso vale dedicar um tempo para escrever um texto cuidadoso e personalizado para cada candidatura”, diz Aliesh.
7 - Adapte seu currículo. O currículo profissional está sempre em evolução. É imprescindível, portanto, que o candidato continue modificando e aprimorando-o e mantenha suas diferentes versões, à medida que avança na carreira. A cada emprego desejado, é preciso pesquisar sobre a empresa e ler a descrição do cargo com atenção. Assim, o currículo poderá ser adaptado de forma eficaz. “Para facilitar este processo de customização, uma boa dica é ter um currículo base, onde estejam listadas todas as realizações profissionais em detalhes e, a partir deste arquivo mestre, o candidato seleciona tudo o que for relevante para cada emprego específico que está visando”, diz Aliesh.
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8 - Liste cursos extracurriculares e idiomas. Aqui, vale colocar tanto cursos presenciais quanto online, filtrando pelos que têm maior aderência à oportunidade. Para cada um, é importante inserir o nome da instituição de ensino, bem como mês de conclusão e carga horária. Com relação a idiomas, o essencial é listar o nível de proficiência (nível básico, intermediário, avançado ou fluência), sendo que a escola e tempo de estudo são opcionais.
9 - Incorpore palavras-chave. Na primeira rodada do processo de seleção, muitas vezes o currículo é filtrado por um programa automatizado. Ou seja, sem palavras-chave, o documento pode ser eliminado antes mesmo de chegar nas mãos do recrutador. “O candidato deve criar uma lista de keywords da sua área e então distribuí-las pelo currículo”, explica Aliesh. “Estes termos estão relacionados, no geral, à títulos técnicos, competências e nome de organizações. As palavras-chave entram, em geral, nos campos de Objetivo, Resumo e Experiências Profissionais.
10 - Seja verdadeiro. Acima de tudo, o candidato não deve incluir experiências e habilidades que não possui. É comum que, antes da contratação, as empresas solicitem testes e avaliações comportamentais – nesta fase, informações falsas são facilmente detectadas e isso resulta na perda da oportunidade.
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11 - Revise seu currículo antes de enviá-lo. Nesta fase, é primordial atentar aos detalhes. É preciso garantir um design alinhado. Margens, tamanho e tipo da fonte e espaçamento devem ser padronizados. O uso de negrito e itálico pode até ser válido, mas para alguns poucos destaques. Ou seja, o visual do documento deve ser clean. Em segundo lugar, deve-se verificar a ortografia, pontuação e escolha de palavras. “Errar no português é uma falha grave”, alerta Aliesh. “Especialmente nos dias de hoje, em que temos ferramentas tecnológicas à disposição”.
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